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Adolescentes do PCA são ameaçados de demissão durante protesto

Adolescentes do PCA são ameaçados de demissão durante protesto

Da Redação – Cerca de 20 adolescentes contratados pelo Programa para a Criança e o Adolescente (PCA) – através do subprograma Projeto de Formação e Encaminhamento para o Trabalho (Profet) – fizeram um protesto contra o atraso de 12 dias no pagamento dos salários nesta terça-feira (14). Os jovens estiveram inicialmente na reunião ordinária da Câmara Municipal para pressionar os vereadores a votarem em caráter de urgência o convênio que autoriza o pagamento das remunerações, mas foram informados que a Prefeitura de Araxá ainda não havia encaminhado o projeto para análise do Legislativo.

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Na tentativa que o projeto acontecesse no mesmo dia, os adolescentes foram até o encontro do prefeito Jeová Moreira da Costa que realizava uma reunião com os servidores da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, no salão do Clube Araxá. Impedidos de entrarem, os manifestantes aguardaram na porta do salão dando continuidade ao protesto com gritos de “Queremos nosso salário”.

Os assessores municipais solicitaram aos adolescentes que se retirassem do local privado cedido à prefeitura para o encontro e aguardasse o término da reunião para fazerem suas reivindicações ao prefeito. Enquanto os jovens dirigiam-se para a porta do clube para continuar com o manifesto, um telefonema da diretoria do Profet exigiu que eles retornassem imediatamente à sede do subprograma ou seriam demitidos. Mesmo sendo contrários com a decisão, os adolescentes terminaram o protesto e alguns deixaram o local chorando.

Após a reunião, Jeová atendeu a imprensa e garantiu que vai solucionar o problema do PCA até o início da próxima semana. “Primeiro quero deixar claro que não saiu daqui de dentro qualquer ligação no sentido de ameaçar os adolescentes do PCA de pararem com o manifesto”, garante.

“Um dos principais eixos do nosso governo é a seriedade e a transparência. Vamos fazer um realinhamento no programa, pois o dinheiro que recebemos da CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração) para investir na criança e no adolescente não está sendo aplicado de uma maneira justa. Desde a administração anterior e nesses dois anos da minha administração vem acontecendo algumas irregularidades que temos que acabar”, afirma o prefeito.

De acordo com ele, no início do seu governo foi encaminhado um recurso ao PCA para que fosse realizada uma reforma no quadro, porém, não aconteceu. “Há alguns meses fui informado que o problema não foi solucionado e dentro dessas informações nós suspendemos por alguns dias o pagamento dos salários para realizar o realinhamento. As medidas necessárias serão tomadas e vamos fazer o acerto trabalhista com os funcionários que estão em excesso no PCA. Ainda não sabemos quantas pessoas serão demitidas, mas o programa vai ser incluído dentro do eixo da nossa administração que é a transparência para fazer justo ao dinheiro público.”

O prefeito garante que até o início da próxima semana a prefeitura vai efetuar o pagamento dos salários atrasados e do 13°, e liberar recursos para o PCA quitar em janeiro próximo a remuneração dos funcionários. “O projeto será encaminhado à Câmara e tenho certeza que o presidente Carlos Roberto Rosa vai convocar uma reunião extraordinária para os vereadores aprovarem o convênio”, diz.

“Estamos realizando um estudo para levantar o valor que teremos que desembolsar para efetuar os pagamentos necessários e as indenizações trabalhistas dos funcionários que não estão ajustados ao programa. A partir desse momento, todos os funcionários do PCA vão receber no dia correto”, afirma Jeová.

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