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Água fica mais cara a partir de março

Água fica mais cara a partir de março

O reajuste das tarifas de água e esgoto praticados pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) será variável e baseado na inflação de março de 2008 a fevereiro de 2009, medida pelo IGP-M. A projeção utilizada é a da Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro (Andima), que prevê uma taxa acumulada para o período de 7,63%. Este índice é inferior ao projetado pela Fundação Getúlio Vargas, de 9,02% e ao do Banco Central, de 8,45%.

Além dessa projeção de 7,63% para o índice, será aplicada uma correção de 1,02%, correspondente à diferença entre o IGP-M projetado e o realizado em janeiro e fevereiro de 2008. Com isso, o índice que será aplicado na tarifa residencial é de 8,65%. Os 10% de clientes enquadrados nas categorias comercial, industrial e pública terão reajuste variável para perfazer um reajuste médio de 9,05%.

O impacto na classe residencial, para quem utiliza serviços de água e esgoto, representará um acréscimo de R$ 0,07 por dia, ou R$ 2,35 ao mês, para consumo mensal de até seis mil litros de água. Nesta faixa encontram-se cerca de 3 milhões de pessoas.

Para os consumidores residenciais que utilizam 15 mil litros de água por mês, o reajuste será de R$ 0,18 por dia. Cerca de 80% dos clientes residenciais da empresa, ou seja, 9,5 milhões de pessoas consomem até 15 mil litros mensais.

No período de um ano desde o último reajuste, o aumento de preços de insumos indispensáveis em níveis bem acima da inflação, ampliou as despesas da Copasa. Os preços de produtos químicos utilizados nos processos de tratamento de água e esgoto sofreram grandes alterações. O sulfato de alumínio líquido, por exemplo, subiu 41,57%; o sulfato de alumínio sólido 27,78% e a cal hidratada que corrige a acidez da água, aumentou 17,78%. Já os preços das tubulações em ferro fundido subiram quase 16%.

O realinhamento das tarifas permite que a empresa continue a executar o maior programa de investimentos de sua história. São mais de R$ 6 bilhões, entre 2003 e 2010, para obras de implantação e ampliação de sistemas de produção, tratamento e distribuição de água e na melhoria da prestação dos serviços aos clientes. O destaque é a construção de sistemas completos de tratamento de esgoto nas principais bacias hidrográficas do Estado, ajudando a recuperar e proteger os rios de Minas. 

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