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Araxá está entre as cidades com maior incidência de crimes eleitorais

Araxá está entre as cidades com maior incidência de crimes eleitorais

A Superintendência da Polícia Federal (PF) em Minas Gerais opera um forte esquema de fiscalização e repressão para coibir crimes eleitorais, em especial a compra de votos e o uso de caixa dois. A operação especial que acontece até a 0h de segunda-feira (4) para vigiar as eleições conta com 450 policiais federais, entre agentes, delegados e escrivães, distribuídos em 45 cidades do Estado, incluindo Araxá. Todo o trabalho será monitorado em Belo Horizonte pela Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado.

A pedido do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a PF enviou equipe às localidades com maior incidência de crimes eleitorais nos últimos oito anos. Além de caixa dois e a compra ou venda de voto por dinheiro ou vantagem, os federais vão investigar fraudes em títulos, transferência ilícita de domicílios eleitorais, transporte irregular de eleitores, abuso de poder econômico e boca de urna.

Em parceria com a PF, a ação vai contar com a participação da Polícia Civil e do Ministério Público de Minas Gerais, responsáveis pela apuração inicial dos eventuais delitos.

Pela legislação, os federais têm a prerrogativa de prender e autuar quem for pego na prática de crime eleitoral, além de proceder a coleta antecipada de provas, mesmo que o infrator não tenha sido apanhado em flagrante. Nesses casos, a ideia é colher provas para uma futura abertura de inquérito para investigação das denúncias.

De acordo com a PF, a tática das equipes prevê a realização de diligências preventivas e repressivas em todas as cidades alvo da operação especial. Segundo maior colégio do país, com 14,5 milhões de eleitores, Minas Gerais está em segunda posição no ranking nacional da PF de inquéritos abertos para investigar delitos eleitorais. Conforme o levantamento, de 2006 a 2009, foram instaurados 20.179 inquéritos para apurar esse tipo de crime em todo o país. Com 1.912 casos, Minas só perde para o Rio de Janeiro, campeão absoluto de autuações com 3.409 inquéritos.

Nesse período, mais precisamente em novembro de 2006, a PF descobriu o milionário esquema de caixa dois e compra de apoio político do advogado tributarista Juvenil Alves Ferreira Filho.

Naquele ano, ele foi eleito como o deputado federal mais votado pelo PT mineiro, apesar de ser estreante na política. Depois, Juvenil foi preso pela Operação Castelhana que desmantelou esquema de fraude de mais de R$ 1 bilhão contra o sistema financeiro.

No curso da operação, descobriu-se o esquema eleitoral do então parlamentar que acabou cassado pela Justiça Eleitoral. Hoje, Juvenil mora em São Paulo, onde teria aberto um escritório de advocacia e consultoria empresarial.

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