Os vereadores aprovaram, na reunião ordinária da tarde ontem (9), o projeto de lei 255/08 que autoriza o Poder Executivo a conceder cessão de uso gratuita por 20 anos prorrogáveis ao Araxá Esporte Clube, que passa a mandar no Fausto Alvim, no Complexo Esportivo Álvaro Maneira (antigo Araxá Tênis Clube), na quadra da Associação dos Servidores e outras dependências.
De acordo com o art. 1º a finalidade da cessão de área visa a implementação de projetos de categorias de base, mantidas pelo clube, oportunizando o Araxá a se candidatar aos recursos da lei de incentivo ao esporte.
Para o presidente do Araxá, Dailsom Lettieri, a cessão possibilitará que o Araxá faça um trabalho de uma forma legalizada, normativa e ajuda na busca por empresários que possam somar com o time. “A partir do momento que o empresário tem a tranqüilidade de uma cessão de uso ele faz o seu investimento e sabe que pode ser a longo prazo”, diz. Ele acrescenta que o trabalho do Alvinegro será facilitado com a criação de regimentos internos, regras e disciplinas dentro do Fausto Alvim, além da gestão empresarial.
No projeto consta que jogos promovidos pela Liga Araxaense de Desportos (LAD) só serão realizados mediante a autorização da diretoria do Araxá. O presidente da LAD, Wanderley Goulart, diz que é totalmente contra ao projeto. “É um absurdo essa cessão de área, já escutei de algumas pessoas que o futebol amador no estádio iria acabar, deveria haver uma cláusula liberando os jogos da LAD”, destaca.
Wanderley explica que a LAD não foi procurada em momento algum antes da aprovação do projeto. “O maior desejo dos jogadores do Amador é jogar no estádio”, ressalta.
Segundo Dailsom, não haverá problema algum quanto à realização de jogos pela Liga e que o Araxá Esporte é parceiro do futebol amador. “Temos um projeto a ser aprovado no Ministério do Esporte que contempla seis clubes amadores, categorias de base do Araxá e centro de treinamento.”
O Araxá será responsável pela administração, uso, conservação e guarda do imóvel, já o município se incumbirá de pagar despesas como água, luz, limpeza, telefone, impostos incidentes sobre o imóvel e eventuais reparos necessários à manutenção das instalações.
Dailsom explica que entidades sem fins lucrativos poderão utilizar as áreas cedidas, daí o motivo para o município custear tais despesas.