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Codemig inicia avaliação de casas do Barreiro

Codemig inicia avaliação de casas do Barreiro

26/03/2009 – A avaliação das casas do Barreiro começa na próxima segunda-feira (30) e será feita por uma empresa contratada pela Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig), através de licitação.

Na tarde de ontem (24), uma comitiva da Codemig esteve em Araxá e se reuniu com moradores, vereadores e prefeito Jeová Moreira da Costa, no Gabinete da prefeitura. Durante o encontro, o presidente da Câmara Municipal, Carlos Roberto Rosa, fez duras críticas à Codemig e ao projeto de condomínios populares, de interesse de Jeová, que, segundo ele, serão “favelas verticais”.

O vice-presidente da Codemig, Carlaile Pedrosa, falou sobre a ação do Ministério Público. “Nós estamos vindo aqui (Araxá) com os diretores da Codemig, juntamente com o prefeito e os vereadores, para conversar com a comunidade, porque temos datas propostas pelo Ministério Público para serem cumpridas”, diz.

Na semana que vem, a empresa inicia a avaliação das casas (alvenaria) e logo após a conclusão dos trabalhos, haverá, segundo Carlaile, a negociação individualizada com cada morador levando em conta o valor sentimental para que nenhum deles saia do local com ressentimento.

Mesmo a área sendo da Codemig, Carlaile insistiu em dizer que a companhia não tem interesse no espaço. “O interesse é de Araxá, estamos olhando o progresso da cidade, o desenvolvimento da cidade, porque naquela área já tem um Plano Diretor que contempla outra atividade. A Codemig é uma empresa de fomento e nós não queremos dar prejuízo a nenhuma pessoa.”

Remuneração

Para o prefeito Jeová, a remuneração a ser passada aos moradores será digna. “Estamos trabalhando para que a comunidade receba uma remuneração digna e terem a escritura definitiva do bem que eles vão comprar com a indenização, ou em forma de parceria que a prefeitura pretende fazer, com aprovação da Câmara, no sentido de viabilizar lotes ou apartamentos para esses moradores.”

Jeová fala do interesse na área

Moradores

Segundo o presidente da Associação dos Moradores do Barreiro, Gilson Baltazar dos Santos, a comunidade está sofrendo e a maioria dos moradores quer sair com justiça e dignidade. “Eles não querem ações milionárias e sim o direito de comprar uma casa na cidade, com escritura e depois passar para os filhos.” Gilson também pede que seja encontrada uma forma legal para a minoria que quer ficar no Barreiro. 

Gilson diz que moradores não saem por valor injusto

Roberto solta o verbo contra comitiva da Codemig

Durante a reunião, o presidente da Câmara pediu mais respeito por parte da Codemig aos moradores do Barreiro. Segundo Roberto, está sendo construído um “castelo para o governador” (novo Centro Administrativo do governo de Minas) e uma avenida que liga o aeroporto ao Centro de Belo Horizonte, tudo feito com dinheiro proveniente da extração do minério em Araxá.

Roberto deixou bem claro que não vai aceitar uma indenização aquém do que os moradores merecem. Ele lembrou da negociação da Codemig na época do aviário, onde pessoas saíram com apenas R$ 40 mil, sendo que R$ 10 foram para advogados e hoje moram na periferia da cidade.

O presidente cobrou do prefeito a promessa feita no dia 22 de janeiro, em uma reunião no Barreiro, onde apresentou a proposta de doação de terreno e uma indenização por parte da Codemig que seria suficiente para a construção de uma casa de 100 m².

Sobre a intenção do prefeito de construir condomínios populares em Araxá, que não é descartada para o caso do Barreiro, Roberto criticou dizendo que Jeová colocaria a população em “favelas verticais”.

A vereadora Lídia Jordão pede que a avaliação seja feita de uma forma mais ampla

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