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Donos de farmácias e drogarias querem municipalização da Vigilância Sanitária

Donos de farmácias e drogarias querem municipalização da Vigilância Sanitária

17/09/2010 – Proprietários de farmácias e drogarias pediram a emancipação da Vigilância Sanitária em Araxá durante Fórum Comunitário realizado pela Câmara Municipal com a chefe do setor municipal de Vigilância em Saúde, Maria Célia de Castro. Os empresários cobraram do Executivo uma maior esforço político para agilizar o processo de municipalização que já vem se estendendo há vários anos.

A maior dificuldade apontado por eles é o rigor exagerado dos fiscais da Gerencia Regional de Saúde (GRS), localizada em Uberaba, e a burocracia para liberação de alvarás de funcionamento e procedimentos de farmácia. Com a demora na fiscalização e consequentemente sem os documentos de responsabilidade estadual do Sistema Único de Saúde (SUS), a maioria dos empreendimentos fica impedida de comprar determinados medicamentos.

De acordo com os empresários presentes na reunião, a dependência que Araxá possui de Uberaba é um dos maiores problemas de saúde pública no município. “É uma verdadeira burocracia, extremamente dificultoso. Eles demoram a fazer os laudos e realizar as visitas. Queremos que Araxá emancipe a Vigilância Sanitária para resolvermos aqui mesmo estas questões e atender o mais rápido possível às exigências”, afirma o empresário Wellington Oliveira.

“Tudo que é relacionado à saúde depende de Uberaba que é a nossa gestora porque ainda não temos gestão plena em saúde. Falta um esforço maior dos nossos políticos para agilizar esse processo de municipalização”, acrescenta.

Segundo ele Wellington, todos têm que se unir para solucionar o problema. “Esse problema não é de agora, não é da atual administração e nem da anterior. É uma questão que vem se agravando nos últimos anos porque a cidade cresceu. A nossa demanda era pequena, mas hoje somos um grande centro é necessitamos de atividades rápidas e urgentes”, diz.

“Tiros e Ibiá, por exemplo, que são cidades bem menores que Araxá já possuem a vigilância emancipada. Sabemos que é uma outra realidade de saúde, mas temos mais recursos e condições para resolver esse problema. Há mais de 30 anos convivemos com esse problema e temos que achar uma solução para Araxá ganhar e a comunidade sair satisfeita”, afirma o empresário.”

O vereador José Maria Lemos Júnior, que também é proprietário de farmácia, diz que a Câmara está bastante preocupada com o exagero burocrático da fiscalização de Uberaba. “Empreendimentos de nossa cidade estão sendo perseguidos no que diz respeito à Vigilância Sanitária. Queremos, sim, ser fiscalizados, mas de maneira legal e por pessoas da cidade porque já vimos pessoas de Uberaba chegar em Araxá é cobrar ações que não tem lógica”, afirma o vereador.

“Eu já vi colega de farmácia fechar seu empreendimento e não queremos isto, queremos uma vigilância autônoma. Nós, como agentes políticos, temos que fazer um esforça maior para que essa emancipação aconteça o quanto antes.”

Segundo Maria Célia, o processo de municipalização da vigilância está na esfera federal, mas para ser efetivada necessita que Araxá tenha uma gestão plena em saúde. “Se tornando gestão plena, o município tem autonomia nas ações da saúde. Já cumprimos parte das exigências e agora estamos fazendo o acompanhamento de todas as adequações que foram solicitadas”, diz.

“Não sabemos quanto tempo pode demorar esse processo de emancipação da vigilância, já que começamos a cumprir as observações feitas quando assumimos a administração da vigilância. Para tentar minimizar as reclamações quanto essa dependência que ainda temos de Uberaba, estamos estruturando o município de Araxá com recursos humanos para poder liberar esses alvarás com uma maior rapidez ”, explica.

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