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Epamig desenvolve programa microrregional para pesquisa

Epamig desenvolve programa microrregional para pesquisa

 Da Redação – Criado para promover transferência tecnológica e, assim, beneficiar número maior de regiões e municípios mineiros, o Programa Microrregional de Desenvolvimento Tecnológico da Agropecuária (Prodesag), executado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), registrou avanços em 2010, entre eles a implantação da Fazenda Experimental de Araxá, em janeiro do ano passado, totalizando 28 fazendas experimentais em todo o Estado.

Desde sua criação em dezembro de 2003, o Prodesag contemplou 43 municípios, que receberam da Epamig 25 cursos, 35 dias de campo, 72 palestras, 60 reuniões técnicas e 177 visitas técnicas, além da implantação de 21 Unidades Demonstrativas nesses municípios.

O programa foi criado com o objetivo de tornar a empresa mais presente nos municípios, a partir da abertura de suas unidades para a sociedade. Nos encontros com as comunidades, os produtores rurais apresentam suas demandas e os pesquisadores da Epamig, além de fornecer informações sobre tecnologias disponíveis, elaboram projetos específicos de pesquisa para a microrregião e posteriormente transferem a tecnologia adquirida por meio de palestras seminários e dias de campo.

A meta é incentivar a sociedade a se tornar parceira da empresa, o que possibilita a sustentabilidade do agronegócio. “É o mais eficiente instrumento para democratização das tecnologias agropecuárias”, diz o presidente da Epamig, Baldonedo Arthur Napoleão.

O Prodesag reestrutura e revitaliza as fazendas experimentais existentes; implanta Fazendas Experimentais em regiões onde a empresa ainda não está presente, por meio de parceria com os municípios, universidades públicas e privadas, empresas e entidades de classe; aproxima as fazendas dos produtores rurais de seu entorno; estreita as relações entre as Fazendas Experimentais da Epamig e as prefeituras, por meio das Secretarias de Agricultura; implanta nas Fazendas Experimentais os Planos Anuais de Trabalho, elaborados por pesquisadores da empresa em conjunto com os produtores rurais; faz o levantamento das potencialidades agropecuárias da região; implanta Unidades Demonstrativas nos municípios, viabilizando a transferência e a difusão tecnológica e também a disponibilização de sementes, mudas, animais e publicações aos produtores rurais. A gestão das Fazendas Experimentais é participativa, por meio da implantação de conselhos gestores formados por representantes de diversos segmentos da sociedade.

Fazendas Experimentais

No entorno da Fazenda Experimental da Epamig, em Pouso Alegre, no Sul de Minas, foram introduzidas nove cultivares de batata de origem holandesa, através de Unidades Demonstrativas conduzidas nos municípios de Pouso Alegre, Bueno Brandão e Senador Amaral. De acordo com o pesquisador da Epamig, Joaquim de Pádua, as cultivares Ambition, Faluka, Rudolf, Manitou, Mustang e Zafira apresentaram boa adaptação na região Sul de Minas, com ciclo vegetativo precoce e bastante produtivas, com tubérculos de boa qualidade e boa aparência externa. “Foram remetidas ao registro para comercialização junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento”, comemora.

Outra ação na região é o projeto de pesquisa que objetiva a adoção do Sistema de Integração Lavoura e Pecuária, através de técnicas de rotação de culturas com a cultura da batata, para proporcionar ao produtor familiar exploração racional e sustentável da propriedade, melhoria da renda e assegurar a sua permanência na propriedade. O projeto é coordenado pelo pesquisador da Epamig, Hugo Adelande de Mesquita, com recursos do CNPq, conduzido nos municípios de Senador Amaral e Munhoz. Já na região do Campos das Vertentes, foram desenvolvidas em oito municípios da microrregião, Unidades Demonstrativas de uva, figo, soja e flores.

Segundo o coordenador do Prodesag, Marcílio Valadares, novos convênios estão em fase de negociação. “Nosso principal desafio é levarmos o programa a todas as microrregiões de Minas Gerais”, afirma. Marcílio conta que além da participação das prefeituras, algumas associações de municípios também aderiram ao programa. “Os muncípios veem o Prodesag como uma solução para a agropecuária na região. É a municipalização da pesquisa agropecuária”, aponta.

Com Agência Minas

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