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Especialista defende a impossibilidade de antenas e celulares causarem câncer

Especialista defende a impossibilidade de antenas e celulares causarem câncer

As instalações de novas antenas de telefonia celular (estações de rádio-base) com nova tecnologia 3G vêm gerando muita polêmica em Araxá, principalmente em relação à saúde. É comum ouvirmos falar que o aparelho celular ou as ondas eletromagnéticas dessas antenas causam câncer ou problemas de alergia, queda da resistência imunológica, alterações na pele, diarréia e outros.

Para tratar sobre o assunto o neurofisiologista e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Renato Marcos Endrizzi Sabbatini, proferiu uma palestra realizada no auditório da Associação Comercial. Industrial, de Turismo, Serviços e Agronegócios de Araxá (Acia), na tarde desta quinta-feira (5).

O especialista apontou que a ciência determinou que, de acordo com a postura da Organização Mundial da Saúde (OMS), a transmissão de ondas eletromagnéticas das antenas é tão baixa que não tem como provocar danos à saúde, mesmo sendo instalada próxima das residências, desde que seja respeitada a potência máxima regulamentada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

“Atualmente, as empresas não têm interesse nenhum em colocar uma potência grande, principalmente na nova tecnologia 3G, porque as células (antenas) são muito menores e a potência tem que ser baixa para não interferir nas células vizinhas”, afirma Sabbatini.

Ele acrescenta que a potência de uma estação de rádio-base varia entre 50 a 100 watts de potência, valor semelhante a uma lâmpada de uso doméstico (incandescente). Sabbatini diz que há um contestamento maior de que os aparelhos celulares provocam doenças.

“Com eles parece ser mais provável um efeito nocivo, pois afinal encostamos o aparelho à cabeça para poder falar, na maioria das vezes. Cerca de 25% das emissões eletromagnéticas de saída passam por dentro do nosso cérebro, o que fez muita gente imaginar que isso poderia levar a um crescimento tumoral ou à quebra dos cromossomas nas células nervosas”, diz.

“No entanto, novamente, a maioria dos estudos realizados, tanto experimentais quanto epidemiológicos, deu resultados totalmente negativos”, aponta o especialista.

O encontro teve a presença de gestores ambientais do Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável de Araxá (IPDSA), representantes do bairro Santo Antônio (um dos primeiros locais que vai ter a instalação de uma estação de rádio-base), representantes da Câmara Municipal e demais pessoas.

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