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Estudo avalia influência do ecossistema no sabor do Queijo Minas Artesanal Araxá

Estudo avalia influência do ecossistema no sabor do Queijo Minas Artesanal Araxá

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) está iniciando um estudo de Caracterização de Ecossistemas no Circuito do Queijo Minas Artesanal. O objetivo do levantamento é verificar se existe uma relação entre o tipo de ecossistema e a qualidade do queijo artesanal produzido nas regiões da Canastra, Serro e Cerrado.

Em 2002, o Programa de Melhoria da Qualidade do Queijo Minas Artesanal, da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), demarcou quatro regiões produtoras do Queijo Minas Artesanal – o Cerrado, Canastra, Araxá e Serro. Cada uma tem um “saber-fazer” característico que dá identidade ao produto.

De acordo com o coordenador técnico estadual do Queijo Minas Artesanal da Emater-MG, Élmer Ferreira, o queijo do Serro é um pouco mais ácido que os outros queijos. Por sua vez, o queijo do Cerrado é mais suave que o da Canastra e de Araxá. Já o queijo Canastra tende a ser consumido um pouco mais maturado do que os demais. “Essa diferença entre as variedades se deve ao clima local e à incorporação das bactérias lácteas, típicas das regiões”, explica Élmer.

Para pesquisar a influência do meio ambiente no sabor do queijo, a coordenação do Programa de Melhoria da Qualidade do Queijo Minas Artesanal encomendou um estudo de Caracterização de Ecossistemas das regiões produtoras.

Dessa forma, o engenheiro Maurício Fernandes encontrou uma maneira fácil de transmitir conhecimentos importantes sobre a natureza, que agora podem ser partilhados por produtores rurais, cidadãos comuns e até crianças.

Ao fazer o levantamento dos ecossistemas da região estudada, a pesquisa evidencia as potencialidades e as limitações do local para diversas atividades econômicas, como agropecuária, turismo e mineração, além de identificar áreas para recuperação e preservação ambiental e áreas com maior suscetibilidade à degradação ambiental.

Maurício Fernandes diz que, no caso do Circuito do Queijo Minas Artesanal, o estudo de caracterização vai visar, sobretudo, a qualidade da água para a produção do queijo e do leite. “Será um levantamento para verificar quais são os fatores que contribuem para se garantir o queijo artesanal de qualidade”, comenta o engenheiro.

Início

O estudo começa este mês pela região do Serro, depois será a vez da Canastra, num levantamento que vai englobar também a região produtora de Araxá, e termina no Cerrado.

Apesar da pesquisa ainda estar no início, foram feitas algumas constatações. “Em primeira instância, nós verificamos que um determinado ecossistema, chamado crista de Quartzito, favorece a produção do queijo artesanal de melhor qualidade, como é o caso da Canastra e do Serro.”

Essas regiões têm ambiente que favorece a existência de águas cristalinas, oxigenadas e de boa qualidade. No Cerrado, nós ainda estamos estudando essa relação”, explica Maurício. A previsão é que o estudo de Caracterização de Ecossistemas do Circuito do Queijo Minas Artesanal seja concluído em março deste ano.

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