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FCA diz que demissão da reitora vai conter gastos excessivos no Uniaraxá

FCA diz que demissão da reitora vai conter gastos excessivos no Uniaraxá

Altos salários, facilitação de cargos, funções dispensáveis, empregos duplos e dívidas em cerca de R$ 720 mil foram os motivos que levaram às demissões da reitora do Centro Universitário do Planalto de Araxá (Uniaraxá), Maria Auxiliadora Ribeiro, da maioria de seus parentes que trabalhava na instituição e demais funcionários, conforme anunciou a nova diretoria da Fundação Cultural de Araxá (FCA) durante coletiva concedida à imprensa na tarde de hoje (14), em sua sede.

Segundo a diretoria, foi constatado que atualmente o Uniaraxá está com déficit de 8%, R$ 80 mil, em relação à sua receita que opera em cerca de R$ 1 milhão.

“Somente a folha de pagamento correspondia a 80% da receita, enquanto o previsto pelo nosso estatuto é até 60%”, afirmou o conselheiro diretor, José Gino Borges, acrescentando que as demissões vão regularizar a receita do Uniaraxá.

Ele disse que somente os gastos com o salário e benefícios da ex-reitora somavam cerca de R$ 18 mil. José Gino também apontou altos salários, funções dispensáveis e/ou empregos duplos de alguns parentes de Maria Auxiliadora e outros funcionários que foram demitidos, totalizando, até o momento, dez pessoas.

Durante a coletiva, também foi apontado a dívida de um financiamento pelo Banco Real. O empréstimo solicitado em dezembro pela gestão passada da FCA foi de R$ 550 mil que estão sendo pagos em 24 parcelas de R$ 30 mil, que totaliza R$ 720 mil. O empréstimo serviu para cobrir gastos.

“Uma consultoria realizada há dois anos pela empresa Lobo & Associados (Mogi das Cruzes/SP) apontou que o Uniaraxá já precisava reduzir os gastos, o que não foi acatado pela reitoria na época. Essa consultoria estava engavetada e nós só a descobrimos agora”, afirmou José Gino.

Ele acrescentou que se a atual diretoria da FCA não tomasse as medidas anunciadas, o Uniaraxá fecharia as portas em dezembro deste ano com dívidas somadas em cerca de R$ 2,5 milhões.

O conselheiro diretor anunciou que o calendário permanece normal e o próximo reitor será um dos professores da instituição.

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