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Financiamento da casa própria bate recorde com ajuda do Minha Casa, Minha Vida

Financiamento da casa própria bate recorde com ajuda do Minha Casa, Minha Vida

Nos seis primeiros meses deste ano, o valor financiado pela Caixa Econômica Federal para aquisição de moradia alcançou R$ 34,1 bilhões, valor que supera o registrado em todo o ano de 2008 (R$ 23,3 bilhões), período em que a economia brasileira crescia acima da média dos anos anteriores até o início da crise financeira internacional.

O vice-presidente da instituição, Jorge Hereda, observou que, comparado ao ano de 2003, por exemplo, o movimento do primeiro semestre é sete vezes maior. Ele atribuiu o bom desempenho à expansão econômica do país e à política de inclusão social do governo federal. Hereda associou também o resultado à sexta edição do Feirão da Casa Própria, evento que passou por 13 cidades e movimentou R$ 8,4 bilhões, 70% mais do que no ano passado, quando o feirão fechou R$ 5 bilhões em contratos.

O executivo informou que o programa Minha Casa, Minha Vida tem ajudado a impulsionar o setor. “Acho que isso vai continuar nos próximos anos e, até o final de agosto próximo ou início de setembro, já deveremos ter concluído a contratação das 400 mil moradias para as faixas até três salários mínimos.”

Isso não significa, esclareceu ele, o fim do atendimento para novas contratações nessa faixa de renda. As novas demandas, no entanto, vão entrar para a segunda edição do programa.

Segundo Hereda, existem recursos para continuar a atender os mutuários cujo perfil se insere no Minha Casa, Minha Vida, que prevê cerca de R$ 70 bilhões ao ano para os próximos quatro anos, sendo R$ 26 bilhões provenientes do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Ele defendeu que, para combater o déficit habitacional, estimado em cerca de 6 milhões de moradias no Brasil, os recursos deveriam crescer dos atuais 3% do Produto Interno Bruto (PIB) para algo próximo de 10%.

O desafio a ser enfrentado, explicou, é o de criar linhas de crédito para a população com faixa de renda acima dos dez salários mínimos. Na análise do vice-presidente da Caixa, a solução pode ser a busca de novas formas de captações, apontado como hipótese o uso de dinheiro obtido por meio de investidores estrangeiros.

Com ABr

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