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Funcionários da Fagundes ameaçam entrar em greve

Funcionários da Fagundes ameaçam entrar em greve

Dezenas de funcionários da empresa Fagundes Construção e Mineração vão se reunir na noite de hoje (6), na Associação Comercial, Industrial, de Turismo, Serviços e Agronegócios de Araxá (Acia), em assembleia geral, com representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria e Construção Pesada de Minas Gerais (Siticop/MG), para definirem se entram em greve ou não.

Os trabalhadores reivindicam um reajuste salarial, contracheque impresso, cesta básica, participação de lucro, plano odontológico, extensão do plano de saúde aos dependentes diretos (filhos e esposa), seguro de vida em conformidade com Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), piso salarial (função), dentre outros.

Em abril passado, os trabalhadores já demonstravam insatisfação com a situação de trabalho e se reuniram para discutir e aprovar a pauta de reivindicações da categoria. Em maio, houve a primeira reunião entre a empresa e o sindicato, mas apesar das promessas, apenas quatros dos 17 itens solicitados pelos funcionários foram atendidos.

No último sábado (2), os funcionários da empreiteira que estavam no turno da noite na mineradora Fosfertil se negaram a realizar suas funções e deram início à paralisação que pode se transformar em greve. A Fagundes presta serviços de mineração, construção de barragens, terraplanagem, construção de estradas e obras complementares. Atualmente, a empresa possui cerca de 800 colaboradores diretos atuando nas mineradoras da cidade e da região.

O representante do Siticop/MG em Araxá, Hely Aires, diz que a assembleia que acontece hoje vai legalizar a greve. “Estamos dando início às negociações com a empresa Fagundes. Nos últimos meses tentamos conversar, passamos a pauta de reivindicações e eles prometeram atender, mas isso não foi realizado. Estamos convocando todos os trabalhadores da empresa para essa grande assembleia que vai oficializar o movimento”, afirma.

“Até mesmo os funcionários que estiverem em horário de trabalho podem comparecer porque vamos fazer uma reivindicação para que eles não percam seu dia de trabalho. Precisamos mostrar à empreiteira que não se pode brincar com o trabalhador e que nós vamos cobrar todos os direitos e as reivindicações que foram colocadas em pauta”, destaca.

De acordo com ele, a principal reivindicação é quanto o benefício de participação de lucro. “Os trabalhadores querem a participação de lucro. A Fagundes engana o trabalhador com uma gratificação que não tem critérios para ser concedido. As regras para o funcionário ser beneficiado são injustas porque se o trabalhador sofrer um acidente ele perde essa gratificação mensal. Ou seja, não tem uma comissão para avaliar o desempenho dos funcionários e, por isso, a principal reivindicação é a participação de lucro que é direito garantida por lei, tem que ser paga.”

“Esta empresa tem brincado tanto com o trabalhador que o contracheque é eletrônico. Quem não tem acesso à internet ou tem dificuldades não tem o documento em mãos. Portanto, os trabalhadores querem seus direitos que está garantido na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)”, afirma Hely.

Fagundes

Procurada pelo Diário de Araxá antes do fechamento desta matéria, a Fagundes informou que o gerente de Recursos Humanos, Césio Caetano de Andrade, estava em reunião e não poderia nos conceder entrevista.

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