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Jeová quer doar área de preservação especial para comunidade indígena

Jeová quer doar área de preservação especial para comunidade indígena

A Assessoria Jurídica do município já estuda um projeto de lei a ser enviado para a Câmara Municipal a fim de que a intenção do prefeito Jeová Moreira da Costa em ceder uma área de 300 mil m² à Associação de Desenvolvimento e Intercâmbio Cultural Indígena de Araxá (Andaia) se concretize.

O local faz parte da área adquirida pela prefeitura através do decreto 310 de 22 de abril, publicado no dia 30 de abril, em que seria utilizada para a construção de um campo de futebol, local para armazenagem de grãos, parque de exposição, fábrica de ração e de reciclagem e outras construções que atenderiam à administração pública.

Como há empecilhos legais para a construção de alguns equipamentos urbanos no local, o projeto indígena poderá ser dar início às pretensões da administração voltadas o local que é de preservação especial.

De acordo com Jeová, os índios poderão plantar cereais, plantas medicinais, árvores nativas e cuidar do meio ambiente, sem a utilização de agrotóxico. Além disso, a área será mais um ponto de visitação turística em Araxá, resgatando as origens da cidade com a cultura indígena.

Para o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, João Bosco Borges, a iniciativa vai incentivar o turismo e valorizar os índios.

“Eles nos reivindicaram um espaço para que pudessem cultivar suas raízes através do artesanato, cultivo de plantas medicinais, nativas e sem interferência de agrotóxico. O prefeito realizou uma reunião com eles e pretende destinar uma área de seis alqueires para que isso seja explorado”, destaca o secretário.

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João Bosco conta que a ida da Associação para a área pode ser a primeira atividade a ser implantada no local. “Eles precisam de uma área de preservação ambiental e o índio está intimamente ligado com a natureza, acredito que vai dar à área o que ela realmente precisa.

“Índio não destrói o meio ambiente e nem causa outros danos à natureza. Pelo contrário, pretendemos replantar árvores nativas, cuidar da preservação das nascentes lá existentes e ainda cultivar plantas medicinais. Além disso, estaremos resgatando a cultura dos índios que aqui viveram há muitos anos e até deram origem ao nome do município. Temos muitas estórias para contar, principalmente para nossas crianças. Será um local de preservação e até de atração turística”, diz o cacique Edson Adolfo “Carcará-Urú”.

De acordo com o secretário, será construída uma espécie de aldeia para visitação turística, com artesanatos e rodeada pelo cultivo dos índios. “Nossa história é rica com os índios Arachás, que deram o nome à nossa cidade, e nós poderemos explorar melhor isso”, afirma João Bosco.

Ele acrescenta que deverá ser feito um comodato da área de cerca de 30 anos e espera que, com tudo dando certo, ter uma sequência pelas novas administrações. O projeto de lei para viabilizar o comodato será encaminhado à Câmara Municipal em breve.

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