Da Redação – Os moradores do bairro Cincinato de Ávila estão revoltados com a falta de compromisso da administração municipal. Há um ano, a Associação dos Moradores cedeu uma área no bairro para que o município implantasse provisoriamente um galpão de reciclagem. Pelo acordo firmado, a prefeitura utilizaria a área durante seis meses e, em contrapartida, uma quadra de esportes e uma praça seriam construídas imediatamente em áreas institucionais do bairro. A presidente da Associação dos Moradores dos Bairros Cincinato de Ávila e João Bosco Teixeira, Claudete de Fátima Marques, afirma que o prazo para o município desocupar a área já terminou há seis meses. “Fizemos um acordo com o prefeito Jeová há um ano e ele não cumpriu com seus compromissos.”
Claudete afirma que o galpão de reciclagem não incomoda a população, mas como a administração municipal não realizou as obras prometidas, os moradores exigem a devolução do espaço para a comunidade. “Como o prefeito não cumpriu com o compromisso de construir uma quadra de esportes e uma praça, nós queremos a área do galpão para que as crianças e adolescentes do bairro possam ter um local para brincar, se divertir.”
A presidente diz que os moradores estão indignados e com o sentimento de terem sido enganados. “Eu estive com o prefeito Jeová na última semana e ele disse que não tinha conhecimento da situação, que não sabia que o galpão de reciclagem ainda estava no bairro e que a quadra de esportes e a praça ainda não tinham sido construídos. Estão fazendo a gente de idiota, de bobo. Fizemos a nossa parte e a prefeitura, até agora, não fez nada que foi acordado. Pediram a área emprestada e fizeram as promessas, pedimos para que tudo fosse registrado em ata, mas o prefeito disse que a gente podia acreditar na palavra dele.”
Claudete explica que a região necessita urgentemente de uma área para lazer. “Os bairros Cincinato de Ávila e João Bosco Texeira cresceram muito nos últimos anos. Hoje, somos cerca de 3 mil moradores e não temos um local adequado para que a comunidade possa usufruir. Outro problema que estamos passando é o muro de arrimo. Temos algumas casas no bairro que o muro ainda não foi construído por falta de material. Mas, segundo o que foi informado pelo responsável das obras, os materiais só vão ser liberados com autorização do prefeito. Só que existe uma dificuldade imensa de marcar uma reunião com o prefeito”, destaca.
Segundo ela, as escrituras de imóveis que estão regulares no bairro ainda não foram liberadas pela prefeitura. “Temos 18 famílias que estão com as casas quitadas e teriam direito a essas escrituras, mas nada ainda foi feito. A justificativa é que estavamos em processo eleitoral e o município não pode entregar esse tipo de documento. A única informação que temos é que as escrituras estão com o jurídico (Assessoria Jurídica) da prefeitura e que em breve serão entregues. Pelo que a gente percebe, dentro da prefeitura é uma falta de vontade de fazer as coisas. Pelo jeito, não vamos ter escritura, não vamos ter quadra, praça, nada”, diz Claudete.
