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Pesquisadores descobrem proteínas que ajudam a recuperar ossos

Os pesquisadores do Núcleo de Terapia Celular e Molecular (Nucel) da Universidade de São Paulo (USP) produziram em laboratório duas proteínas recombinantes que deverão ser utilizadas na formulação de um novo biofármaco destinado ao tratamento de fraturas ósseas.

De acordo com a coordenadora do Nucel e da pesquisa, a professora do Instituto de Química da universidade, Mari Cleide Sogayar, as proteínas BMP2 e BMP7 estimulam a formação de tecido ósseo em reparos tanto em ortopedia como em odontologia.

O Projeto Transcriptoma, é resultado da parceria entre a Fapesp e o Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer, foi conduzido entre os anos de 2000 a 2003 dentro do Projeto Genoma Humano do Câncer.  Segundo a professora, o trabalho deve gerar dentro de poucos anos a formulação de um medicamento para reparos de fraturas e traumas ósseos decorrentes, por exemplo, de osteoporose ou implantes dentários.

O medicamento, segundo a pesquisadora, poderá chegar ao mercado dentro de até cinco anos. “Estamos em processo de aperfeiçoamento das células superprodutoras. Em seguida, vamos iniciar a transferência de tecnologia para uma empresa farmacêutica nacional que já demonstrou interesse em produzir o biofármaco”, afirmou.

Existem medicamentos semelhantes, mas importados, disponíveis em clínicas odontológicas e ortopédicas no país, ainda que em baixa quantidade devido aos altos custos. “Nossa expectativa é que esse novo biofármaco seja mais de 50% mais barato do que os importados”, disse Mari Cleide.

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