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Programa Queijo Minas Artesanal incrementa produção no Estado

Programa Queijo Minas Artesanal incrementa produção no Estado

Atualmente, existem 155 queijarias cadastradas no Programa Queijo Minas Artesanal, sendo 79 na região do Serro, 35 no Cerrado, 23 na Canastra, 17 em Araxá e um no Campo das Vertentes. Somente em 2010, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) cadastrou 34 queijarias no programa.

O Queijo Minas Artesanal é um patrimônio cultural do Estado e sua fabricação é uma tradição nas regiões produtoras. O produto é feito com leite cru, sem a proteção prévia da pasteurização e pode representar um risco à saúde pública se não seguir com rigor os cuidados sanitários durante o processo de produção.

Por isso, desde 2002, o IMA incentiva a melhoria da produção com o Programa Queijo Minas Artesanal, o treinamento, a capacitação dos produtores apoiando o desenvolvimento das queijarias no Estado.

O diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, explica a importância do programa. “A realização do Queijo Minas Artesanal assegura aos pequenos produtores de leite mais uma alternativa para a comercialização de seu produto, com maior valor agregado, gerando mais emprego e melhorando sua qualidade de vida”, afirma.

A certificação se dá a partir de uma parceria entre o IMA, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e tem o apoio da Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg).

Certificação

A Emater-MG capacita os produtores rurais, orienta sobre as adaptações do espaço físico da queijaria e sobre as boas práticas e higiene. A Ocemg disponibiliza verba para custeio de parte das análises de água, queijo e da brucelose e tuberculose do gado. Cabe ao IMA auditar todas as etapas do processo e por fim emitir um laudo técnico que aprove a fabricação dos queijos, deixando o produtor apto a receber o certificado.

O processo de certificação leva em média um ano. E o produto cadastrado tem a identificação do fabricante, origem e data de fabricação, possibilitando a comercialização sem restrições no território mineiro.

Para se inscrever no Programa Queijo Minas Artesanal o produtor deve pertencer a um dos municípios mineiros das regiões autorizadas (Serro, Cerrado, Canastra, Araxá e Campo das Vertentes), conforme determina a lei estadual 14.185/02. Caso ele atenda a esse requisito, deve procurar a unidade do IMA ou Emater mais próxima para dar início ao processo de cadastramento.

As propriedades cadastradas no Queijo Minas Artesanal também poderão se certificar como livre de brucelose e tuberculose. Para isso, basta realizar mais dois testes negativos de rebanho para comprovar que a propriedade está livre destas enfermidades.

De acordo com o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT) do Ministério da Agricultura, para obtenção da condição de Propriedade Livre de Brucelose e Tuberculose são necessários três testes de rebanho negativos consecutivos.

Workshop no Pará

O Programa Queijo Minas Artesanal foi apresentado no 1° Workshop de Inovação Tecnológica na Cadeia da Produção Artesanal de Derivados Lácteos do Estado do Pará, realizado nos dias 3 e 4 de dezembro, em Belém.

O programa mineiro foi elogiado e será modelo para futuros programas a serem desenvolvidos no Pará para benefício de produtos artesanais típicos como é o caso do Queijo da Ilha de Marajó, produto artesanal feito com leite de búfala.

O workshop foi promovido pela Secretaria de Estado de Agricultura do Pará e pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), com o apoio da Agência de Defesa Agropecuária do Pará e do Sebrae-PA.

Com Agência Minas

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