A emocionada despedida do homem do armazém

Por Jorge Mourão – O suplente Alexandre Irmãos Paula (PR) se despediu da Câmara Municipal de Araxá durante reunião ordinária desta terça-feira (27). Em um emocionado discurso que durou cerca de uma hora, fez questão de agradecer a todos os vereadores, servidores, assessores, imprensa, população e familiares pelo apoio durante seus dez meses de atuação no lugar de José Domingos Vaz (PDT), que logo deixa a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano para retornar ao Legislativo dentro do prazo eleitoral e estar apto a concorrer à reeleição.

Com jeito simples e perfil popular, Alexandre apresentou vários requerimentos reivindicando melhorias de segurança no trânsito e diversas obras pela cidade, e também demonstrou forte personalidade quando Roberto do Sindicato (PP) foi reconduzido à Presidência da Casa pela segunda vez. Ao escutar de seu gabinete que o nome do dono da cadeira foi anunciado para votar a prorrogação, foi embora para casa. Coisas da política. Quem entende?

Assumir a cadeira não foi tarefa fácil. Na época, a polêmica de quem deveria assumir quando o titular precisa se licenciar, alguns parlamentos entendiam que a vaga deveria ser ocupada pelo primeiro suplente do partido, outros priorizavam o suplente da coligação.

Com isso, a Casa da Cidadania de Araxá decidiu pelo partido, e Pastor Moacir (PDT) assumiu a vaga, mas ficou somente um mês, pois o Supremo Tribunal Federal (STF) definiu que a vaga era do primeiro suplente da coligação que ajudara a eleger a composição dos vereadores, fato óbvio. Sendo assim, Alexandre foi empossado no dia 3 de abril de 2011, juntamente com Dr. Weliton Cardoso (DEM), este assumindo a vaga de Edna Castro (PSDB) que foi passar temporada no governo do Estado.

Aliás, os dois suplentes deixaram suas marcas, com a diferença de que Alexandre teve a sua chance de se despedir. Dr. Weliton, estava fora de um dia para outro. Volta conturbada da dona da cadeira, novamente a prorrogação da Mesa em pauta, anúncio de pré-candidatura à prefeita. Coisas da política. Quem entende?

Mas voltando a falar de Alexandre, deixou a Casa sob aplausos, com o choro da emoção do discurso pela mãe, hoje ela mora no céu, e pela filha que acompanhou atentamente do plenário cada palavra, e chorou pela emoção do pai. O homem do ‘armazém’, como gosta de citar seu supermercado, sai credenciado, quem sabe, para ter a sua cadeira em 2013. Na última foram 915 votos. Outubro o aguarda.