Categorias: Cultura

Acessibilidade por meio da dança com o grupo Araxá Dance Company

Da Redação/Caio Aureliano – O grupo de dança Araxá Dance Company retornou da cidade de São Paulo com muitos conhecimentos na bagagem sobre acessibilidade. Pela primeira vez, o grupo criado em outubro do ano passado, participou da 12ª Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade, considerada o maior evento para pessoas com deficiência da América Latina e a segunda maior do mundo. O evento foi realizado entre os dias 18 e 21 de abril.

Para o grupo, o Araxá Dance Company é um exemplo a ser seguido, já que a inserção de pessoas com deficiência na sociedade é uma preocupação crescente e os governos têm discutido cada vez mais o tema. De acordo com a coreógrafa e diretora artística do Araxá Dance Company, Wanêssa Borges, em Araxá há um celeiro de talentos artísticos em diversas áreas, principalmente quando envolve pessoas com deficiência física e a dança.

“Nós fomos representar Minas Gerais na dança artística esportiva em cadeiras de rodas por ser de alto rendimento, convidados pela Confederação Brasileira de Dança em Cadeira de Rodas. Nessa feira, nós pudemos fazer outros tipos de parcerias para estar implantando em nossa cidade que é tão carente em termos de inclusão, reabilitação e acessibilidade”, diz a diretora artística.

Wanêssa aborda que, além da dança para as pessoas com deficiência física, a feira contemplou projetos e oficinas. “A gente teve projetos para deficientes visuais com o workshop de cão guia com labradores que é um projeto muito interessante e inovador, já que a cidade possui vários tipos de deficientes visuais”, afirma.

“Para o pessoal mais radical, a feira mostrou que o skate também é uma opção para os cadeirantes. Nós conhecemos o Pedrinho que representa Brasil na área de hardcore. Tivemos várias palestras, cursos de capacitação e fizemos vários contatos. Vamos ver se a gente pode ajudar mais na acessibilidade”.

Segundo a coreógrafa, a dança é um fio condutor e contribui para o bem-estar das pessoas, e com os deficientes físicos, não é diferente. “É mais que uma coreografia abstrata. Ela tem alguma coisa ali para a gente levar a sociedade, é um desafio, uma superação de vida. A dança interage com todos os tipos de arte, vamos trabalhar com fio condutor e levar essa inclusão e formação profissional. Temos que levantar essa bandeira e fazer políticas públicas para isso”, salienta.

Wanêssa Borges explica que todos devem ter o direito à acessibilidade nos diversos seguimentos da sociedade. “As empresas que já desenvolvem a sua acessibilidade deveriam aprimorar e aquelas que não estabelecem deveriam aprender a conseguir fomentar esse tipo de segmento na sociedade. Nós somos uma sementinha que está sendo plantada em outros tipos de segmentos para florescer na cidade”, destaca.

“A gente sabe que incluir é mais fácil, o problema é continuar com a inclusão e ter esse acesso aos patamares maiores igual a formação profissional para eles. Sabemos que a nossa cidade é tão rica culturalmente falando, mas ainda falta ser rica em acessibilidade para os deficientes e na verdadeira inclusão a todos” afirma Wanêssa.

O grupo contou com patrocínio da CBMM e Prefeitura Municipal de Araxá e apoio cultural da Cota Santos da Fada e do vereador Mauro do Detran.

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