Araxá é exemplo para o Brasil na discussão da História e Cultura Afro-Brasileira

O Cefet, o Centro de Referência da Cultura Negra de Araxá e a Ong Negro Sim, com o apoio da Prefeitura de Araxá, secretária Municipal de Educação, promovem no dia 8 de novembro mais um seminário sobre a Cultura Afro-brasileira, em cumprimento à Lei 10639/03, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”.

O evento que é um marco histórico em Minas Gerais, teve início em agosto e propõe amplas discussões e busca orientar professores, alunos e entidades com relação à importância da implantação definitiva da Lei 10639.

A decisão de implementar as ações, tem como objetivo fornecer subsídios para facilitar aos professores, em suas práticas educacionais cotidianas, a inserção dos conteúdos e do debate sobre o que demanda a aplicação dessa Lei.

Embora os afro-descendentes sofram restrições na ocupação de espaços sociais de relevância, inclusive nos graus mais elevados da educação, nas melhores demandas de trabalho e de salários e nas representações sociais, o Brasil é considerado um país tolerante, sem preconceitos, cuja mistura racial datada e resultada a partir dos primeiros contatos do europeu com índios e, em seguida, com negros, serve como endosso da benevolência para com os diferentes.

No próximo sábado (8) o evento será abrilhantado pela presença do presidente do Conselho da Comunidade Negra de Minas Gerais, órgão máximo representativo da Comunidade Negra de Minas, também com a presença do Pai José Augusto de Obaloayê, a Jornalista Makota Célia Gonçalves, o Prof. Wagemann Teixeira Matias, e Mãe Valdenice de Osún.

Serão discutidos os seguintes sub-temas: Religiões de matriz africana, ancestralidade e sincretismo religioso, Indumentária religiosa africana, A diversidade da cultura afro na mídia brasileira, e ainda, Diferenças entre as comidas para os santos e para a alimentação das pessoas.