Polícia

Armas de fogo causam 76% dos homicídios, diz pesquisa

Mais de 76% dos homicídios ocorridos no país em 2014 foram em decorrência do uso das armas de fogo. Houve 44.861 mortes. O indicador é bem superior aos 21%, que representam a média dos países europeus. A proporção caiu com a sanção do Estatuto do Desarmamento (ED), em 2003, quando a taxa alcançou 77%, mas a violência letal com arma de fogo no Brasil atinge patamares comparáveis a poucos países da América Latina, aponta o Atlas da Violência 2016, divulgado hoje (22) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (Fbsp).

Entre 2003 e 2014, em seis estados, o aumento foi menor do que 50%; em três deles, situou-se entre 50% e 100%, ao passo em que em nove unidades federativas ocorreu aumento acentuado, superior a 100% no período, sendo todos em estados do Norte e Nordeste.  Nove unidades federativas tiveram diminuição da taxa.

Após fazer uma projeção de um cenário sem o Estatuto do Desarmamento, o estudo afirma que os homicídios seriam uma tragédia social ainda pior. A comparação mostra que, caso o estatuto não tivesse sido sancionado em 2003, em média, entre 2011 e 2013, seria de pelo menos 77.889 homicídios no Brasil, ou 41% a mais de homicídios, em relação ao observado, aponta a pesquisa.

Nos estados do Norte e Nordeste, o número de homicídios seria ainda maior. Enquanto a média do total de homicídios, entre 2011 e 2013, na região Norte, foi de 5.952, o número alcançou 20.787 casos no Nordeste. O estudo contrafactual, caso o estatuto não tivesse sido oficializado, sinaliza que o total de mortes nessas regiões teria sido de 7.224 e 29.757, respectivamente.

Subnotificação de casos

A falta de informação sobre mortes por agentes do estado no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) é um problema em todos os estados, segundo o estudo. A subnotificação fica evidente quando se compara com os dados publicados no Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Em 2014, o SIM apresenta 681 mortes por intervenções legais, enquanto o anuário, utilizando dados coletados diretamente dos estados pela Lei de Acesso à Informação, apresenta 3.009 mortes decorrentes de intervenção policial, das quais 2.669 causadas por policiais em serviço, diferença de 1.988 mortes, sem considerar a subnotificação também existente nos registros dos estados. Nas duas fontes de informação, os três estados que apresentam os maiores números de mortes por intervenções legais, em 2014, são Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia.

Matérias recentes

Com transmissão ao vivo, CiMTB Araxá começa nesta sexta (26) na pista da Copa do Mundo

Começa nesta sexta (26) a prova que é considerada a mais charmosa e tradicional do…

Entidades assistenciais recebem recursos que garantem direitos do público entre 18 e 59 anos em vulnerabilidade social

Cinco entidades assistenciais foram contempladas com recursos para custeio das atividades nesta quinta-feira (25). As…

Polícia Militar prende três pessoas por confusão envolvendo porte ilegal de arma de fogo

Na noite de ontem (24), durante patrulhamento pela rua Joaquim Alves Ferreira no bairro Urciano…

Prefeitura de Araxá realiza força-tarefa para facilitar o escoamento da produção agrícola

Com o objetivo de oferecer melhor trafegabilidade para moradores, fornecedores e produtores da zona rural,…

Prefeitura de Araxá e Acia iniciam discussão de projeto para iluminação de Natal 2024

Decorações e luzes para o Natal 2024. A Prefeitura de Araxá e a Associação Comercial,…

Novo sistema de manutenção de veículos públicos possibilita eficiência e economia para Araxá

A implementação de um novo sistema para solicitação de serviços de manutenção de veículos leves,…