Categorias: Saúde

Com sede definida, Caps será inaugurado em fevereiro

Da Redação/Jorge Mourão – O Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Araxá está previsto para ser inaugurado em fevereiro próximo. A Secretaria Municipal de Saúde trabalha desde 2009 para a implantação da futura unidade, que contará com recursos do Estado para o seu funcionamento. Em contrapartida, a prefeitura entra com estrutura física e profissional da rede de saúde do município.

O Caps vai funcionar no anexo do Museu da Memória Legislativa Araxaense (Palácio Nagib Feres), onde já foi transferido o Núcleo de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde – a Câmara Municipal já mudou para a sua futura sede na avenida João Paulo II, que também será inaugurada em fevereiro.

Antes, diversos locais como o antigo Clube União, na rua Limírio Afonso e a antiga sede da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Araxá

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Antônio Marcos Belo, o centro atenderá inicialmente o setor de saúde mental (Caps II), abrangendo cerca de 80 pacientes de Araxá e microrregião já atendidos pela rede municipal.

“A diferença é que o paciente agora será assistido periodicamente, durante todo o dia, com atividades, alimentação e estrutura de profissionais como médicos psiquiatras, psicólogos, terapeutas, enfermeiros e outros. O Caps vai ser como se fosse a casa dele, convivendo com pessoas normais, dentro da política de desmanicomização no Brasil e reintegrando esse paciente à sociedade. É a realização de um grande sonho para Araxá, estamos trabalhando nisso desde 2009”, destaca o secretário.

Além disso, Antônio Belo afirma que o atendimento em saúde mental será incrementado nas Unidades Básicas de Saúde e Programas de Saúde da Família (PSFs). “Hoje atendemos cerca de 80 pacientes e com a ampliação da saúde mental o nosso objetivo é aumentar esse número”, acrescenta.

A expectativa da Secretaria Municipal de Saúde agora é a implantação de outro Caps para o atendimento de pessoas que tenham problemas com álcool e drogas (Caps-AD).

“Também é um grande demanda da sociedade, a cada dia aumentam as ocorrências policiais de casos envolvendo o álcool e as drogas. Um problema antes que atingia as classes menos favorecidas para que agora tem grande proporção na classe média. Estamos trabalhando para que o Caps-AD possa ser implantado em Araxá ainda em 2011”, diz Antônio Belo.

Saiba mais

O objetivo do Caps é oferecer atendimento à população, realizar o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.

Os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), entre todos os dispositivos de atenção à saúde mental, têm valor estratégico para a Reforma Psiquiátrica Brasileira. Com a criação desses centros, possibilita-se a organização de uma rede substitutiva ao Hospital Psiquiátrico no país. Os Caps são serviços de saúde municipais, abertos, comunitários que oferecem atendimento diário.

Os serviços devem ser substitutivos e não complementares ao hospital psiquiátrico. De fato, o Caps é o núcleo de uma nova clínica, produtora de autonomia, que convida o usuário à responsabilização e ao protagonismo em toda a trajetória do seu tratamento.

Os projetos desses serviços, muitas vezes, ultrapassam a própria estrutura física, em busca da rede de suporte social, potencializadora de suas ações, preocupando-se com o sujeito e a singularidade, sua história, sua cultura e sua vida cotidiana.

O perfil populacional dos municípios é sem dúvida um dos principais critérios para o planejamento da rede de atenção à saúde mental nas cidades, e para a implantação dos Caps. O critério populacional, no entanto, deve ser compreendido apenas como um orientador para o planejamento das ações de saúde.

De fato, é o gestor local, articulado com as outras instâncias de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), que terá as condições mais adequadas para definir os equipamentos que melhor respondem às demandas de saúde mental de seu município.

Funções

– prestar atendimento clínico em regime de atenção diária, evitando as internações em hospitais psiquiátricos;

– acolher e atender as pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, procurando preservar e fortalecer os laços sociais do usuário em seu território;

– promover a inserção social das pessoas com transtornos mentais por meio de ações intersetoriais;

– regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental na sua área de atuação;

– dar suporte a atenção à saúde mental na rede básica;

– organizar a rede de atenção às pessoas com transtornos mentais nos municípios;

– articular estrategicamente a rede e a política de saúde mental num determinado território

– promover a reinserção social do indivíduo através do acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.

Com Portal da Saúde/Ministério da Saúde

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