Categorias: Política

Deputados querem que Dilma cumpra compromisso com Minas Gerais

Assegurar que a presidente Dilma Rousseff cumpra o compromisso com Minas Gerais de viabilizar a instalação da fábrica de amônia em Uberaba, no Triângulo Mineiro, feito em março de 2014, quando assinou Protocolo de Intenções entre as entidades envolvidas. Para tanto, os parlamentares que participaram da audiência pública requerida pelo deputado Bosco (PTdoB), e que contemplou as Comissões de Minas e Energia; de Turismo; e de Política Agropecuária e Agroindustrial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), formaram um grupo de trabalho suprapartidário na busca de posicionamento por parte da União. A audiência pública realizada, nesta semana, no Teatro da ALMG, contou com um quórum recorde de parlamentares neste primeiro semestre de Legislatura, e com a participação maciça de lideranças políticas.

Sobre o anúncio feito pela Petrobras no início deste mês, comunicando a “hibernação” das obras de construção planta de amônia, o prefeito de Uberaba, Paulo Piau, avaliou essa decisão como política, e não técnica como havia sido alegado pela estatal. Nesse mesmo sentido, o ex-deputado Anderson Adauto, que era prefeito do município quando se iniciou o projeto da planta de amônia, ratificou a avaliação política da estatal em reduzir investimentos. “Essa fábrica nunca foi prioridade para a Petrobras. Vamos bater em uma porta que não tem condições de dar resposta”, disse. “A Petrobras está no volume morto”, emendou. O novo plano de negócios e investimentos divulgado recentemente pela presidência da Petrobras dá conta da redução de 37% dos investimentos da estatal, priorizando projetos de exploração e produção de petróleo. Dívida e escândalos de corrupção também desvirtua a participação da Petrobras na execução do projeto.

Sob o risco de perder esse importante investimento para o Estado, o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Altamir Rôso, não descarta a possibilidade de terceirizar as obras da conclusão da planta de amônia, que, para ele, continua sendo viável e estratégica para o Pais. “Não vejo problema em privatizar a nossa planta de amônia. O setor privado vem sendo chamado para construir o País junto com o Governo”, ressaltou. “O que queremos é a fábrica de amônia funcionando”, concluiu. O deputado Bosco, que solicitou a audiência pública, reiterou a importância da conclusão desse projeto para que seja viabilizado a implantação do gasoduto pela Gasmig, objetivando abastecer a fábrica de amônia com gás natural. “Não podemos assistir novamente a perda de um investimento para Minas, como aconteceu com o polo acrílico, que a Petrobras levou para a Bahia”, lembrou. Segundo ele, a estatal está em dívida com Minas Gerais.

Bosco destacou ainda que a implementação do gasoduto para atender a fábrica de amônia em Uberaba vai beneficiar diretamente 56 municípios mineiros, gerando empregos diretos e indiretos, atendendo as demandas do agronegócio de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso Tocantins e parte de São Paulo. “O agronegócio é o setor que dispõe de mais subsídios para superarmos a crise econômica que o País enfrenta. Movimenta a economia do Estado, fazendo com que o País se destaque nesse segmento a nível nacional”, disse. Nessa perspectiva, o presidente regional da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) Cláudo Veras avaliou que onde há gasoduto, há desenvolvimento econômico. “O gasoduto tem que ser considerado um empreendimento político capaz de mudar a realidade do Estado”, elucidou. O presidente da Companhia de Gás de Minas Gerais, Eduardo Andrade, também manifestou total apoio para a viabilização do gasoduto. Ele reiterou que o anúncio da Petrobrás sobre a suspensão das obras da planta de amônia em Uberaba não tem relação ao projeto do gasoduto, que, segundo ele, está em dia.

Deputados e lideranças se mobilizam para assegurar o investimento para o Estado

Na sequência do debate público, os parlamentares e lideranças políticas se reuniram com o presidente da ALMG, deputado Adalclever Lopes (PMDB), para comunicar a criação de um grupo de trabalho suprapartidário constituído por representantes da indústria, do Estado e de prefeituras, visando à intervenção do Governo de Estado junto ao Planalto na busca pela conclusão da fábrica de amônia em Uberaba e, por conseguinte, pela implantação do gasoduto. 

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