Categorias: Agronegócio

Estudo aponta reaproveitamento da água de lavagem do café

A água utilizada para lavar o café colhido nas propriedades mineiras pode ser reaproveitada e ainda servir para a irrigação do próprio cafezal e de outras culturas. O líquido resultante da lavagem contém diversos elementos importantes para o desenvolvimento das plantas e sua utilização substitui em parte a compra de adubo importado.

Os produtores poderão ter acesso a esses benefícios por meio de um sistema que está sendo desenvolvido pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) – vinculada à Secretaria da Agricultura do Estado – em parceria com a Embrapa.

A lavagem e separação do café, realizada logo após a colheita, tem por objetivo eliminar impurezas do produto e separar os frutos com diferentes teores de umidade. O processo possibilita a formação de lotes homogêneos do fruto e também reduz o prazo de secagem com economia no consumo de lenha e energia elétrica e tempo de uso de terreiros.

De acordo com o Sammy Fernandes Soares, coordenador do Projeto de Aproveitamento da Água Residual do Café, no Núcleo de Pesquisa da Epamig na Zona da Mata, em Viçosa, o projeto para a reutilização do líquido pode ser montado com materiais encontrados na propriedade.

“Os gastos são pequenos, acessíveis aos agricultores familiares interessados em implantar o sistema em suas propriedades”, ele explica.

São necessárias caixas de decantação e retenção, associadas a uma caixa de remanejamento, na qual se acopla uma bomba. A água com resíduos dos frutos de café, usada anteriormente na unidade de processamento, é purificada e depois bombeada para a caixa de abastecimento da unidade de processamento, na qual é reutilizada.

“Além de barata, a instalação do sistema é fácil”, enfatiza o coordenador. Podem ser utilizados diversos materiais, como caixas, tambores ou qualquer recipiente em condições de conter a água residuária.

De acordo com Soares, “outra opção pode ser cavar pequenos tanques no solo e revesti-los com lona plástica.” Ele acrescenta que, para fazer o bombeamento da água, serve alguma bomba já existente e em condições de ser deslocada para uso no sistema por um curto período, durante o qual os frutos de café são processados.

Soares diz que os produtores podem desenvolver outros tipos de filtro. “A base de tudo são os princípios de decantação, para possibilitar o depósito do material mais pesado no fundo, com a água passando por um sistema de filtragem”, observa.

Os componentes básicos do projeto são a caixa de decantação e a caixa de retenção dos sólidos flutuantes. Segundo o coordenador, o custo dessas estruturas é inferior ao custo de implantação de filtros mecânicos.

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