O assessor especial da Presidência da República para a Área de Políticas Públicas em Comunicação, André Barbosa, disse que a TV digital não concorrerá com a internet no Brasil, ao contrário do que está ocorrendo na Europa e nos Estados Unidos. Segundo ele, no Brasil essas tecnologias serão convergentes e complementares.
“O Brasil adotou uma posição diferente da que vem sendo praticada em países europeus e nos Estados Unidos, que é a de dar fim à comunicação aberta e de estimular as TVs pagas”, disse Barbosa à Agência Brasil.
“Eles vêm, ainda que aos poucos, caminhando no sentido de pôr fim à comunicação aberta e gratuita. E acreditam que, no futuro, internet e televisão se fundirão até se tornarem a mesma coisa. Nós não pensamos assim.”
“Broadcasting (TV) e banda larga (internet) não são a mesma coisa. Uma coisa é você fazer uma conexão que parte de um ponto específico e vai para todos os demais pontos. Outra coisa é você conectar um ponto a outro. Essas tecnologias podem até assimilar recursos uma da outra, mas não têm como se tornarem a mesma coisa, até porque a internet não vai substituir a produção áudiovisual das TVs, que tem por base o cinema.”
Barbosa disse que a tecnologia nova não vai substituir a antiga porque elas podem ser convergentes e complementares. “Ao serem integradas à banda larga (na forma como o padrão adotado pelo Brasil), as TVs digitais passarão a ser também uma ferramenta de inclusão digital bastante eficiente por já estarem presentes em diversos lares.”
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