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Moradores remanescentes do Barreiro estão sem água

Da Redação – Banho em bacias ou com água de garrafões que são cheios nas fontes Andrade Júnior e Dona Beja, poucas condições de higiene, animais passando sede e plantações morrendo. Quinze famílias estão há duas semanas sem água na Estância Hidromineral do Barreiro. Os moradores do Alto Paulista e da Caixa D’água tiveram o fornecimento da água suspenso. A bomba que retira a água de um poço artesiano pertencente à associação dos moradores do local estragou e a Vale Fertilizantes (antiga Bunge), mineradora responsável pela manutenção do equipamento, se recusa a retomar o fornecimento.

Os moradores registraram um boletim de ocorrência relatando o problema de falta de água. No documento, o presidente da Associação dos Moradores e Ex-moradores do Barreiro e Adjacentes, Gilson Baltazar, informou aos militares a existência de um contrato entre a instituição e a mineradora que obriga a garantia de fornecimento de água de qualidade para as famílias que residem no complexo. Apesar dos frequentes pedidos dos moradores à empresa, o problema não foi solucionado.

De acordo com Gilson, as famílias enfrentam grandes dificuldades com a falta de água. “Não tem água para banho, para fazer comida, nem mesmo para limpar a casa ou dar descarga. Tem família que possui animais que utilizam para trabalhar e está tudo morrendo de sede. Quem passa pelo Barreiro vai notar que os colchetes dos gados e cavalos estão secos. Temos um contrato registrado no cartório com a mineradora e eles não estão cumprindo”, afirma.

“A situação está muito difícil e não pode continuar. Graças a Deus, os moradores têm água para beber porque a prefeitura continua fornecendo um galão de água para dois dias, conforme determinou a Justiça”, acrescenta.

Segundo o presidente, a associação vai entrar na Justiça com pedido de indenização por quebra de contrato e uma ação que obriga a mineradora ou a prefeitura a fornecer a água para os moradores. “O Barreiro está abandonado, tem muito entulho, lixo, mato, a quantidade de escorpiões, cobras e focos de mosquitos da dengue é enorme. Na minha opinião, está existindo uma pressão para expulsar as 32 famílias que ainda não negociaram com a Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais)”, afirma.

“Os moradores acham que a falta de água é um dos mecanismos encontrado pela estatal para acelerar as negociações. Mas, tem algumas famílias que receberam propostas de indenizações de R$ 40 mil e atualmente não se encontra casa por este valor em Araxá. Se a Codemig não aumentar as propostas, esses moradores não têm como sair do complexo”, diz.

Gilson explica que já entrou em contato com a Vale para saber os motivos que levaram a empresa a suspender o fornecimento de água. “O que eles alegam é que houve um problema com a bomba que retira a água do poço e leva até as casas e que a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) é que tem que consertar. Mas o problema não é da Cemig e sim da Vale, que tem um contrato com a associação. A mineradora diz que a alternativa é os moradores juntarem dinheiro para concertar a bomba, mas não temos condições para isso. A gente pede para retormar o fornecimento de água o mais rápido possível porque a situação está se agravando cada vez mais”, afirma o presidente.

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