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Reunião aponta falta de comprometimento no atendimento pelo SUS

Da Redação/Isabella Lima – Na última sexta-feira (22), o prefeito Jeová Moreira Costa e a secretária municipal de Saúde, Patrícia Auxiliadora da Silva, se reuniram com representantes da saúde para discutir o atendimento na cidade. Estiveram presentes os superintendente Regional de Saúde, Iraci Neto, o juiz de Direito, Renato Zouain Zupo, representantes do Conselho Municipal de Saúde, da Santa Casa de Misericórdia e Casa do Caminho.

Foram discutidas as dificuldades do município no atendimento à saúde, o acesso ao serviço e pontos de conflito entre médicos e prefeitura.

A secretária Patrícia Auxiliadora diz que a falta de médico nos plantões do Pronto Atendimento Municipal (PAM) não é falta de organização da prefeitura, mas falta de comprometimento. “Nós temos quase 100 médicos na rede e 19 no atendimento do PAM. Lá nós trabalhamos com três médicos durante o dia e dois durante a noite. Quando falta é médico, não é falta de escala”, afirma

“Tem que ter comprometimento. Quando o médico assumiu trabalhar no SUS, já sabia que nós temos carga horária, metas a cumprir. Se não tem comprometimento do médico, se está dificultando nosso atendimento, nós vamos conversar e se não tiver interesse em continuar no SUS, nós vamos fazer novas contratações”, acrescenta a secretária.

Renato Zupo frisa que é necessária uma mudança de mentalidade da comunidade médica, e que a população precisa cobrar mais. “O profissional de saúde de Araxá tem que entender que a profissão dele é diferenciada, que ele tem outros cenários para discutir aumento salarial que não seja nos corredores do hospital a custo da população carente de atendimento médico. Tem que haver uma mudança de mentalidade e isso vai passar a ser cobrado pelo poder Judiciário, com melhoria no atendimento para a população”, diz o juiz

“Nós estamos virando uma referência negativa no setor de saúde pública. Todos somos responsáveis pela saúde. O cidadão deve cobrar mais, o prefeito deve manter a disciplina e os médicos precisam entender que são funcionários públicos, que têm que cumprir horário”, ressalta.

O ginecologista e obstetra Weliton Cardoso de Moraes defende a classe médica e reclama da transferência de culpa feita pela prefeitura.

“Fiquei decepcionado com a colocação da prefeitura de transferir a responsabilidade para os médicos. Só uma minoria ganha bem, como foi dito na reunião. A classe médica está indignada e todos nós precisamos trabalhar, não tem ninguém negando atendimento, só queremos salários justos”, comenta.

Uma comissão foi formada para discutir os assuntos debatidos com a classe médica e demais profissionais da saúde. O objetivo é encontrar as formas ideais de atuação dos médicos, pagamentos e atendimentos nos plantões para que a população tenha melhor atendimento.

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