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Seis escolas estaduais de Araxá aderem à greve dos professores

Professores da rede estadual de ensino de Araxá deflagraram greve por tempo indeterminado e vão manter a paralisação iniciada em todo o Estado no último dia 8. Das dezesseis escolas estaduais no município, seis (Delfim Moreira, Vasco Santos, Maria de Magalhães, Polivalente, Padre Anacleto e parte dos servidores do Armando Santos) estão com as atividades suspensas e as outras instituições analisam uma adesão ao movimento.

A principal reivindicação do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) é a implantação do piso salarial nacional para a categoria. O valor atual do piso é cerca de R$ 1.024 para jornada de 40 horas semanais.

O coordenador do Sind-UTE em Araxá, Josué Ferreira, diz que não há como oferecer um ensino de qualidade sem a valorização do professor. “O descaso do governo de Minas com a educação é a principal causa da greve. O salário de alguns profissionais de nível médio é de R$ 360, menos que um salário mínimo. O reajuste salarial de 10% anunciado pelo ex-governador não modifica os salários recebidos pelos profissionais da educação”, diz.

“Temos várias situações, onde existe abonos no salário, mas abono não é salário e apenas parte acumulativa e o governo que passar esse beneficio para o contracheque. Ao contrário do que foi divulgado, atualmente existe um teto salarial e não piso salarial. O valor de R$ 935 corresponde ao total da remuneração, ou seja, a um teto salarial, menor que o piso nacional. Minas Gerais tem o 8º pior salário do país”, acrescenta o sindicalista.

De acordo com Josué, a greve não é somente pelo salário. “Queremos melhorias de condições reais para trabalho dos professores e também para a educação. Ao contrário que a mídia apresenta, a nossa educação está sucateada e temos que melhorar. O movimento é crescente e a cada dia mais escolas aderem à greve. Estamos indo às escolas, fazendo reuniões para ver se conseguimos um número maior de profissionais e aos poucos isso vai acontecer.”

Ele diz que, infelizmente, todas as conquistas que foram através de greves. “Mais uma vez estamos reivindicando melhorias para o setor. Gostaríamos que a sensibilidade dos governos favorecesse para os trabalhos essenciais como a educação, mas isso não vem acontecendo”, ressalta.

Segundo o coordenador, em um país capitalista não é possível oferecer um ensino de qualidade sem a valorização dos professores. “Sabemos da nossa capacidade de trabalho, do nosso reconhecimento junto à sociedade, mas para nós sermos valorizados, dignificados e respeitados é preciso que exista também a valorização financeira. Estamos vendo o movimento com grandes perspectivas, mas a greve é por tempo indeterminado.”

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