Servidores reivindicam produtividade proposta somente para médicos e dentistas

Da Redação/Jorge Mourão – Pela primeira vez desde sua recente inauguração o plenário da Casa da Cidadania esteve lotado. Em pauta, o debate sobre o projeto de lei 163/2011 proposto pelo Executivo que institui adicional de produtividade para médicos e dentistas que atendem pela rede pública de saúde do município.

De um lado, dentistas (os médicos não compareceram) a favor pela aprovação do projeto. Do outro, amarrados com cordões, profissionais de outros setores da saúde (nutrição, fisioterapia, enfermagem, fonoaudiologia e outros) reivindicavam inclusão do benefício. Com isso, o polêmico Fórum Comunitário, promovido via requerimento da vereadora Lídia Jordão (PP), foi marcado por discussões, aplausos e vaias.

“Queremos que essa proposta de produtividade para médicos e dentistas abranja toda a categoria de profissionais porque todos têm referenciais de produtividade já definidos, o que pode significar a oportunidade dessa concessão. Então, não há que se falar em apenas os dentistas terem esse referencial pronto. Todos os outros têm e estão aptos a receber essa gratificação. Não somos contra o abono, mas queremos que atinja os demais servidores da saúde e em um segundo momento vamos discutir os projetos para as demais secretarias”, afirma Lídia.

Para o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Araxá e Região (Sinplalto), Hely Aires, os servidores só têm a perder com essa desigualdade. “Temos profissionais que ganham por produtividade desde o início do governo Jeová. Em contrapartida, a maioria dos servidores não tem o mesmo benefício. Nem mesmo a revisão geral anual, que é um direito garantido por lei, o prefeito concedeu porque, segundo ele, não tinha verba suficiente. Agora para pagar produtividade para alguns ‘privilegiados’ ele tem? É um absurdo o que está acontecendo. Ao mesmo tempo que o prefeito tenta valorizar os médicos e dentistas, desvaloriza os outros profissionais da saúde, além de todos os servidores que não recebem por produtividade”, afirma.

A secretária municipal de Saúde, afirma que cada situação está sendo analisada pela prefeitura. “Hoje falamos da produtividade dos médicos e dentistas porque eles se organizaram, viram seus indicadores, seus procedimentos. Num segundo momento, vamos ver as outras classes, como já foi pedido pelo prefeito”, afirma.

O projeto tramita na Casa desde o último dia 20 de setembro e atualmente está na Comissão de Finanças, Justiça e Legislação.