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Transição para anos finais do ensino fundamental é período de mudanças para alunos

Durante a trajetória escolar, o aluno passa por diversas fases que requerem mudanças e adaptações. A transição do quinto para o sexto ano do ensino fundamental é uma delas. Nessa etapa escolar, o estudante passa a ter mais disciplinas para cursar e, com isso, conta com a ampliação do número de professores. Porém, as mudanças não se limitam aos alunos. O período também marca uma mudança no cenário educacional do Estado.

Enquanto nos cinco primeiro anos do ensino fundamental, a maior concentração de alunos está nas redes municipais de ensino, em uma proporção de dois terços contra um terço da rede estadual, nos anos finais esses dados praticamente se invertem, com o ingresso de alunos das redes municipais nas escolas estaduais. De acordo com o Censo Escolar 2013, por exemplo, a rede estadual recebeu no ano passado, aproximadamente, 122 mil novos alunos no sexto ano, de um total de 225 mil. E a recepção desse novo público exige adaptação.

“A escola tem que ter o cuidado em acolher e conhecer este novo aluno. Porque quando ele já é da rede estadual, de certa forma, você já conhece o perfil do estudante, mas para os novatos há um período de adaptação. Na rede estadual, mesmo com muitas escolas diferentes, existe uma mesma base de trabalho. Mas nós recebemos alunos de todas as redes municipais, que são diferentes entre si, e é necessário fazer essa adaptação”, explica a subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica, Raquel Elizabete de Souza Santos.

Para que haja a oferta de uma educação de qualidade a esse público de estudantes, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) adota medidas com foco no acompanhamento pedagógico de alunos e de suporte aos professores. “Quando ampliamos o Programa de Intervenção Pedagógica (PIP) dos anos iniciais para os anos finais do ensino fundamental foi pensando exatamente nisso. A intervenção com esse acompanhamento pedagógico das escolas é necessária para que a trajetória do aluno seja vitoriosa. A capacitação continuada dos professores é outro ponto no qual focamos”, avalia a subsecretária.

Educação na ponta

A Escola Estadual Melo Viana, em Belo Horizonte, atende a cerca de 600 alunos, todos dos anos finais do ensino fundamental. Apenas no sexto ano desse nível de escolaridade são cerca de 150 estudantes que vêm de outras escolas estaduais, municipais e privadas. Com um público diversificado, a escola utiliza a avaliação diagnóstica para ter um perfil dos alunos e traçar o plano pedagógico para o ano letivo.

“Os professores aplicam essa avaliação logo no começo das aulas e, com a correção, sabem o nível de aprendizado que esse aluno possui. Esse conhecimento vai contribuir para que os professores elaborarem suas aulas de forma a atingir todos os estudantes. No final do ano letivo, os alunos fazem uma nova avaliação. O resultado vai mostrar o quanto esse aluno conseguiu aprender durante as aulas”, detalha a diretora da instituição, Francis Mares Rosa Costa. 

Em Camacho, no Centro-Oeste do Estado, existem duas escolas públicas. Uma é a Escola Municipal Maria Valdina Ferreira, responsável pelo atendimento de alunos nos anos iniciais do ensino fundamental. A outra é a Escola Estadual Nélson Fernandes Friaça que atende os estudantes nos anos finais do ensino fundamental e ensino médio. Apenas no sexto ano do ensino fundamental há um ingresso de 60 alunos a cada ano.

Para que não haja prejuízo no aprendizado dos estudantes na transição de uma escola para a outra, a troca de informação entre os educadores das duas instituições é uma prática comum. “Nós estamos sempre em contato com a outra escola. Recebemos dela uma ficha de acompanhamento do aluno e assim podemos conhecer o perfil desses estudantes e até mesmo as dificuldades que possuem. Quando necessário, os nossos professores até se reúnem com os professores da outra escola para conversar sobre um estudante”, explica a diretora da escola estadual, Vilma Teixeira Lopes Moreira.

Inversão de cenário

De acordo com o Censo Escolar 2013, enquanto as escolas municipais mineiras realizaram o atendimento a cerca de 830 mil alunos nos anos iniciais do ensino fundamental, a rede estadual foi responsável por atender a, aproximadamente, 420 mil estudantes nesse mesmo nível de escolaridade. Já nos anos finais, as escolas municipais tinham em torno de 375 mil alunos, enquanto as escolas estaduais se aproximaram de 840 mil matrículas.

Agência Minas 

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