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Vinte e sete universidades vão organizar cursos sobre o tema étnico-racial em 2009

Vinte e sete universidades públicas selecionadas pelo Ministério da Educação (MEC) vão organizar cursos e produzir material didático-pedagógico este ano sobre a temática étnico-racial. A formação de professores na área é prevista na Lei 10.639/03, que obriga o ensino da cultura e história afro-brasileira nas escolas públicas e particulares de nível fundamental e médio.

A técnica em Assuntos Educacionais da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), Bárbara Rosa disse que o novo edital trouxe uma novidade.

“Agora cada universidade vai formatar o curso de acordo com a realidade na qual está inserida. Por exemplo, em Minas Gerais quatro universidades irão promover cursos. Minas é um estado muito grande e abrange regiões diferentes, contextos diferentes e essas características serão consideradas.”

Segundo Bárbara, o MEC vai lançar até março um plano com algumas diretrizes para acelerar a implementação da Lei 10.639. Ela destaca a importância da formação do professor para que o ensino da cultura e história afro-brasileira seja realidade.

“O ministério produz o material didático, mas não pode impor o uso de determinado livro, isso é uma decisão do professor e da sua coordenação. Por isso é que o MEC, além de produzir material didático-pedagógico, vem há algum tempo investindo também no material humano, na formação dos professores. Mas tem que haver ações paralelas que envolvam todo colegiado”, acrescentou Bárbara.

Representante do Movimento Negro Unificado (MNU), Jacira Silva acredita que só a educação pode transformar a sociedade e reduzir a discriminação contra a população negra.

“Acho muito importante que as universidades estejam envolvidas nesse processo, já está mais do que na hora de estudar a África com a mesma importância que outros povos. É preciso ensinar a participação positiva do negro na construção do nosso país. A educação inclusiva é uma questão de direitos humanos, o negro precisa ser tratado de forma igualitária”.

Para o estudante de uma escola pública do Distrito Federal Cássio Xavier, de 12 anos, o negro só é lembrado em 20 de novembro, quando se comemora o Dia da Consciência Negra, em homenagem ao principal ícone da luta contra a escravidão no país, Zumbi dos Palmares.

“Lá (na escola) pode se falar até da viagem do homem à Lua, mas não se fala de Zumbi. Salvo alguns professores, como o de geografia, que teve a iniciativa de levar um filme sobre o Apartheid.”

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