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Violência contra crianças e adolescentes tem queda expressiva, mas pandemia pode representar subnotificação de ocorrências

Desde o mês de março, quando foi iniciado o protocolo de isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19, os dados de violência contra crianças e adolescentes em Minas Gerais sofreram queda expressiva. No Estado, só nos primeiros 20 dias do mês de abril, a queda é superior a 56% e, em Belo Horizonte, a redução ultrapassa os 80%, em comparação ao mesmo período de 2019.

Os dados da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) são referentes a crimes de lesão corporal, maus-tratos, estupro, estupro de vulnerável e os crimes relacionados à produção, divulgação, venda ou transmissão de cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo crianças e adolescentes, entre 0 e 17 anos de idade.

No entanto, a queda no número de denúncias não necessariamente indica redução na criminalidade. Segundo a chefe da Divisão Especializada em Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente, delegada Elenice Cristine Ferreira Batista, os dados precisam ser analisados com cautela.

“Não devemos comemorar a diminuição dos registros, pois podemos estar vivendo uma fase de subnotificação dos casos. Nessa fase de pandemia, muitas vezes as vítimas acabam ficando mais vulneráveis por estarem em contato com os próprios abusadores, sem acesso a órgãos de vigilância como a escola, por exemplo”, destaca.

Psicóloga e analista da PCMG,  Lusia Jaqueline de Araújo lista os traumas mais comuns entre crianças e adolescentes vítimas de violência e lembra que pais e ou responsáveis devem prestar atenção aos sinais.

“Compulsões e distúrbios alimentares, sentimentos de desesperança e insegurança, apatia e isolamento, comportamentos violentos e agressividade, percepção distorcida do mundo e da realidade e depressão e ideias de suicídio.”

Como denunciar

A delegada cita que, muitas vezes, menores de idade dependem de representantes legais para procurar uma unidade policial. Mas lembra que a denúncia pode ser feita mesmo de longe. “Qualquer pessoa que conheça a vítima de violência pode fazer denúncias pelos canais e acionar os órgãos competentes”, explica. 

A delegada ainda esclarece que a PCMG segue trabalhando no enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes. Para cumprir as exigências de órgãos de saúde, para evitar aglomerações e a transmissão da Covid-19, foram feitas adaptações no atendimento.Os atendimentos são realizado de forma presencial para atender situações de flagrante ou registrar ocorrências; via agendamentos com horário marcado e, em todo o estado pelo Disque 100, 181 e ou 190.

Os endereços e telefones de todas as unidades da Polícia Civil estão disponíveis no site www.pc.mg.gov.br

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