Categorias: Saúde

Menos da metade dos bebês foram amamentados apenas com leite materno

Menos da metade das crianças brasileiras menores de seis meses de vida (45,7%) foram amamentadas exclusivamente com leite materno. Os dados fazem parte do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), realizado pelo Ministério da Saúde, entre fevereiro de 2019 e março de 2020.

Apesar do baixo índice, o Brasil registrou aumento no número de crianças de até seis meses que receberam amamentação exclusiva já que, em 2006, esse percentual era de 37%.

O Ministério da Saúde preconiza que, até essa idade, os bebês recebam como alimentação apenas o leite da mãe.

Ainda de acordo com a pesquisa, entre os bebês com menos de 4 meses, o índice de aleitamento materno exclusivo chegou a 60%. O índice de aleitamento materno continuado entre crianças de 12 a 15 meses foi de 53,1% e aquelas de até 2 anos, 60,9%.

A recomendação do Ministério da Saúde é que a amamentação seja feita da primeira hora de vida até os 2 anos do bebê.

De acordo com o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara Medeiros Parente, há diferença nos índices de amamentação entre as regiões do país.

“As regiões com menor taxa são a Norte e Nordeste, que são exatamente as mais pobres. É exatamente para esta população que a amamentação traria maiores benefícios. A gente tem que focar nossos esforços para melhorar taxa na população que mais precisa”, destacou.

Campanha

O Ministério da Saúde lançou hoje (4) uma campanha de estímulo à amamentação. A medida marca a Semana Mundial do Aleitamento Materno 2020, que ocorre na primeira semana de agosto, em mais de 150 países.

O intuito é apresentar à população materiais de sensibilização sobre a importância dessa prática.

A campanha publicitária vai ser veiculada na TV, rádio, mídia impressa e internet, no período de 4 a 17 de agosto, com o tema “Apoie a amamentação, proteger o futuro é papel de todos”.

A representante da Organização Pan-americana da Saúde (Opas) no Brasil, Socorro Gross, ressaltou a importância da amamentação e do apoio à mulher nesse momento, tanto pelo Poder Público quanto por organizações, famílias e pelo conjunto dos cidadãos.

Ela chamou a atenção também para os bancos de leite como políticas públicas para alcançar quem possui dificuldades.

“Quando temos perda de mãe, ter banco de leite humano faz diferença para o neném conseguir amamentar. Manter esses bancos de leite em todos os cantos é importante. Aleitamento materno sempre será, em qualquer país, a razão de ter realmente crianças mais saudáveis”, enfatizou.

A Opas e o Ministério da Saúde lembraram que o aleitamento materno traz um conjunto de benefícios como reduzir em até 13% a mortalidade infantil em crianças menores de 5 anos; diminuir a chance de diabetes, alergias, infecções, diarreias, otites e obesidade; e reduzir os custos com tratamento de saúde.

Matérias recentes

Projeto de coleta mecanizada traz mais agilidade e segurança no recolhimento de lixo em Araxá

Uma iniciativa está trazendo agilidade ao serviço de coleta de lixo em Araxá. Um projeto…

Raphael Rios faz fiscalização no Jardim Esplêndido junto com o IPDSA

O Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável de Araxá (IPDSA) e o vereador Raphael Rios,…

PM registra tentativa de homicídio no bairro Abolição

Na noite de ontem (12), por volta das 22 horas, a Polícia Militar registrou uma…

CBMM lança o “Vai que dá Araxá”, programa de fomento ao empreendedorismo local

Estão abertas as inscrições para o “Vai que dá Araxá”, um programa idealizado pela CBMM…

Prova prática do concurso público da Fundação Cultural Calmon Barreto acontece neste sábado (11)

A Fundação Cultural Calmon Barreto (FCCB) convoca os candidatos aprovados nas primeiras etapas do Concurso…