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Araxá: turismo em segundo plano

Araxá: turismo em segundo plano

Sob metas de contingenciamento, o Ministério do Turismo — que não tem ministro, diga-se de passagem — acertadamente reduziu o campo de atuação de 3.345 municípios reconhecidos como cidades turísticas, em 2013, para 2.175 neste ano — o que representa uma queda de 35%. Isso implica no enxugamento do número cidades sobre as quais se voltarão as políticas públicas e os recursos federais destinados ao fomento do turismo no país nos próximos anos.

Em Minas Gerais, a queda foi ainda mais vertiginosa — 60% a menos de municípios reconhecidos pelo Governo Federal como cidades turísticas.

Não surpreso — embora com pesar —, recebi a notícia, nessa quinta-feira, de que Araxá havia sido apeada do mapa do turismo de 2016. Há muito, a terra de Beja já deixou de ser turística para assumir de vez a reputação da cidade do minério — a capital mundial do nióbio. Contudo, a medida do ministério foi acertada — cortou-se as cidades inoperantes no que se trata de iniciativas voltadas ao turismo; enxugou-se o excedente.

E não só Araxá foi apeada do seio da União —  a região turística Canastra, delimitada pelo mapa, foi completamente esvaziada: saiu Campos Altos, São Roque de Minas, Tapira, Sacramento, e restou apenas Perdizes.
E mais: no caso de Araxá, o secretário-adjunto de Estado de Turismo de Minas Gerais apontou para a administração municipal e afirmou, em entrevista ao jornal Estado de Minas, que Araxá não tem investido o suficiente no turismo para sustentar a posição no mapa federal.

“Entra nesse mapa quem está se organizando e cumpre regras para o crescimento do segmento”, explicou ao jornal belo-horizontino.

Perdemos o mapa do turismo, deixamos de participar do ICMS do Patrimônio Histórico, passou-se o programa de revitalização dos cinemas de rua, e convivemos com o descaso com o Museu Dona Beja; enfim: em Araxá, o turismo já ficou em segundo plano.

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