A Câmara Municipal de Araxá promoveu, na tarde dessa quarta(23), Fórum Comunitário para debater a demolição da Escola Municipal Francisco Braga, no Bairro Urciano Lemos e a transferência dos alunos para o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Francisco Duarte. O Vereador Robson Magela (PRB) foi o solicitante do Evento que foi conduzido pelo Vice-Presidente da Casa, Vereador Bosco Junior (AV), representando o Presidente Fabiano Santos Cunha (PRB). O Plenário Vereador Guilherme Gotelip Neto recebeu pais de alunos da Escola, vereadores e imprensa.
A Escola Municipal Francisco Braga tem 43 anos de Fundação e possui atualmente 198 alunos do maternal 1 e 2. A Prefeitura pretende demolir o prédio ocupado atualmente pela Instituição de Ensino para ampliação da Feira do Produtor. Enquanto a nova Escola não é construída, os alunos serão transferidos para o CRAS.
Robson abriu o Encontro manifestando sua insatisfação com o Executivo que não enviou nenhum representante da Secretaria de Educação para dar as respostas que os pais dos alunos buscam. Ele reforçou sua opinião de que considera descaso o fato de não terem, pelo menos, enviado uma justificativa do não comparecimento.
O Parlamentar criticou o fato de a Prefeitura não ter ouvido a comunidade para falar a respeito da demolição da Escola: “O Executivo não deu opção para os pais que devem escolher entre mudar as crianças de Escola ou aceitar a transferência para o CRAS”. Na opinião dele, a solução seria primeiramente construir a nova sede para depois demolir o prédio, pois não se sabe quanto tempo essas crianças terão que estudar em local improvisado.
Os Vereadores Raphael Rios (SD) e Roberto do Sindicato (SD) também criticaram a ausência do Executivo e demonstraram opinião contrária à demolição. Para Roberto o CRAS é um local inadequado, inseguro e apertado para abrigar uma Escola. Já Raphael alertou que as crianças tem prioridade garantida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), portanto, deve-se pensar primeiramente nelas antes de tomar qualquer decisão.
Os pais e mães de alunos presentes também tiveram a oportunidade de expressar sua opinião. Janaína Lopes afirmou que a decisão foi tomada sem pensar nas crianças que serão transferidas para um local perigoso e sem previsão para a construção de uma nova sede. Para Deise Soares a maioria dos pais não está de acordo com a transferência, mas não tiveram escolha.
Com a ausência do Executivo para responder os questionamentos dos pais, Robson concluiu o Fórum comunicando que vai elaborar um documento com as principais perguntas e convocar a Secretaria de Educação para respondê-las. O documento será encaminhado posteriormente aos pais dos alunos para que possam tomar conhecimento da situação.