Prefeitura e Caixa se manifestam pela primeira vez sobre casas do PSH

Prefeitura e Caixa se manifestam pela primeira vez sobre casas do PSH

O secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, João Bosco Borges, e o gerente Geral da Caixa Econômica Federal, Domingos Sávio Rosa, falaram pela primeira vez sobre a situação das casas do Programa de Subsídio à Habitação de Interesse Social (PSH) dos bairros João Bosco Teixeira e Cincinato de Ávila. A Caixa diz que a responsabilidade é da prefeitura, que por sua vez, espera uma denúncia formal dos moradores para notificar a construtora responsável pela obra.

A presidente da Associação de Moradores dos bairros Cincinato de Ávila e João Bosco Teixeira, Claudete de Fátima Marques, afirma que já procurou a Caixa e a prefeitura e uma empurra o problema para a outra. “Com as chuvas, a gente assusta muito. Deus tem olhado muito para a gente, principalmente os moradores da parte mais baixa”, diz.

Segundo ela, há uma mobilização de todos para a solução do problema. “As casas estão com problema em tudo, na fundação e aterro, infiltração, vazamentos, porque as casas foram construídas com materiais de má qualidade” destaca.

Claudete afirma que muitos moradores não estão pagando as prestações. “A maioria das pessoas está com as prestações atrasadas. Saber que a gente tem que pagar a gente sabe, mas como vamos pagar por uma coisa que ninguém olha para a gente?”. Ela acrescenta que não sabe o que fazer e espera uma renegociação das prestações.

Claudete afirma que há um jogo de empurra-empurra

Caixa

Sávio explica que a responsabilidade é da Caixa é de repassar recursos. Segundo ele, o PSH é um programa de habitação, a prefeitura envia o projeto, a Caixa vistoria e libera os recursos para o município ir executando, ficando com a responsabilidade técnica ou contratação de uma construtora.

De acordo com o gerente, a Caixa só fiscaliza o andamento da obra para a liberação de recurso. Quanto ao seguro de R$ 5 mil que os moradores alegam ter direito para reforma, Sávio explica que esse dinheiro só é usado, por exemplo, em casos de fatores externos com uma tempestade e em caso de morte ou invalidez para cobrir o total devedor.

Prefeitura

De acordo com João Bosco, a obra foi executada na administração anterior e não tem conhecimento global do problema. “Se o problema existe, em minha opinião, deve ser feito uma denúncia à prefeitura para seja formalizado um processo junto à construtora e o engenheiro responsável pela execução da obra”, diz.

João Bosco pede que os moradores façam uma denúncia formal

 Moradores e problemas

A moradora da terceira etapa, Elaine Júlia Vieira, denuncia que sua casa foi entregue com problemas no encanamento. “O talão veio R$ 97,58, não tem como eu gastar isso tudo de água. Os canos ‘todinhos’ estourados por erro deles e que ‘paga o pato’ é a gente”, relata.

A dona-de-casa Gabriela Dias Costa mora há dois anos em uma casa da segunda etapa. Segundo ela, o reboco da sua casa está se desfazendo, há infiltração e o barranco no fundo corre risco de desmoronar quando chove.

Situação não diferente também da dona-de-casa Heloísa Helena França. Ela é moradora da terceira etapa de casas e tem medo de que a terra do terreno de cima caia sobre a sua casa. “Não temos condições de fazer muro de arrimo, eu acho que essas casas não têm alicerce, tem lugar que você bate com o cabo da vassoura e vê que está oco. Quando chove, a terra sai debaixo da casa”, diz.

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