Os vereadores de Araxá participaram do Dia de Vivência na tarde desta quarta-feira (18). O presidente da Câmara Municipal, Carlos Roberto Rosa, Edna Castro, Márcio de Paula, César Romero da Silva (Garrado) e José Maria Lemos Júnior sentiram na pele as dificuldades de um portador de deficiência pela avenida Antônio Carlos e rua Presidente Olegário Maciel. Os vereadores que não participaram foram representados por seus assessores.
A ação faz parte das comemorações 10ª Semana da Pessoa com Deficiência e dos 25 anos da Associação de Assistência à Pessoa com Deficiência (Fada). Quando utilizaram cadeiras de rodas, só conseguiram subir nas esquinas que não tinham rampas de acesso com ajuda de pessoas e tiveram dificuldades em transitar nos estabelecimentos comerciais. Já com os olhos vendados, nem a bengala para cegos ajudou e só conseguiram andar com a ajuda de um guia.
“É uma situação muito difícil e mais complexa ainda em sentir o que os deficientes sentem. É preciso que seja feito um trabalho de conscientização da população no sentido de ajudar e facilitar a vida dessas pessoas. Tivemos a oportunidade de mostrar a situação desse pessoal”, afirma o presidente da Câmara.
Os portadores de deficiência reclamam principalmente da falta de acessibilidade nos prédios públicos de Araxá como o da Câmara Municipal.
“A futura sede da Câmara vai ter acessibilidade total. No prédio atual tentamos colocar um elevador, mas não deu certo, e não podemos tirar a escada de acesso ao plenário e substituir por rampas porque ele é tombado” explica Roberto.
A coordenadora de Projetos da Fada, Liliane Fonseca Stefani, destaca que a participação dos vereadores vai facilitar uma visão maior das dificuldade de acessibilidade em Araxá.
“A gente acredita que a visão em cima de projetos dentro da acessibilidade vai ser ampliada por eles, que vão ter mais condições de criar novos projetos para o município. Há muita coisa a ser feita e não podemos apenas pensar na acessibilidade da pessoa com deficiência, mas do obeso, do idoso, da mãe que tem dificuldade em andar nos passeios com o carrinho do bebê, ou seja, na acessibilidade universal”, diz Liliane.