A construção do Centro Cultural de Araxá, no campus do Uniaraxá, segue o cronograma previsto para a reta final. A obra, viabilizada por meio da parceria com o Ministério da Cultura, via Lei de Incentivo à Cultura, com o patrocínio da CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração) está a todo vapor e os detalhes do projeto já chamam atenção.
Na segunda-feira (13), o reitor José Oscar de Melo recebeu a imprensa e representantes da CBMM para uma visita técnica ao local, com o objetivo de detalhar as etapas e características do grande empreendimento.
O projeto começou a ser elaborado, em 2013, depois de um levantamento em que se verificou o potencial de Araxá e o anseio da Comunidade local por um espaço que pudesse receber diversas manifestações, atividades e eventos culturais.
Em 2016, o momento tão esperado: o início das obras, com serviços de terraplanagem e início das fundações. Em 2017, estruturas. A obra, que completa, em 2018, três anos de atividades, sob a coordenação geral do engenheiro Antônio José Guimarães Andrade, caminha agora para as fases finais; com previsão de conclusão, em 2019.
Neste ano, foram finalizadas as etapas de impermeabilização do muro, em torno do palco; capeamento das lajes do Teatro e da Biblioteca; alvenaria interna dos prédios; projeto complementar elétrico; coberturas e fechamentos laterais; entre outras.
Finalizada a obra, a população contará com um espaço de mais de 6 mil m² de área construída, que abrigará uma biblioteca de 2,6 mil m², com capacidade para atender 320 pessoas; e, um anfiteatro, com mais de 600 lugares e recursos técnicos e operacionais que possibilitarão grandes e pequenos espetáculos.
Além de uma bela estrutura, o prédio, também, destaca-se por modernas técnicas as quais garantirão qualidade e segurança nos eventos que serão exibidos. Na estrutura de sustentação, por exemplo, foi escolhido o sistema modelado de pórticos, em concreto pré-moldado, similar ao do jogo de montar, da marca Lego.
No anfiteatro, as paredes inclinadas da fachada são inspiradas nos paredões da Serra da Canastra, uma criação dos arquitetos Roberto Andrade e Roberto Maccheroni. O revestimento externo escolhido possibilita a projeção de imagens e luzes; valorizando o ambiente. Nos fechamentos laterais, foram colocados painéis, com propriedades absorventes e termoisolantes; cobertos com aço galvanizado a fim de melhorar a acústica do anfiteatro; juntamente a uma camada interna de lã de vidro e placas de gesso acartonado.
Na cobertura, a aplicação de telhas trapezoidais, chapas metálicas; e, entre elas, camadas de lã de vidro; conjunto que reduz a propagação do som.
A biblioteca, ainda, atenderá a comunidade, com comodidade e tecnologia de ponta. Além de aumentar em quatro vezes a área atual, o novo local permitirá a renovação e a ampliação de parte do acervo literário; composto, atualmente, por 60 mil volumes e 30 mil títulos. Outra vantagem serão as grandes aberturas, em vidro, com proteção acústica. O acesso à biblioteca é marcado por um hall de pé direito triplo; situado entre duas varandas térreas, que poderão ser usadas para eventos culturais.
A importância da obra, também, encontra referência, não apenas para os estudantes do Uniaraxá, mas também, para outras instituições. Os estudantes dos cursos de Engenharia do Centro Universitário de Araxá, de outras universidades e de cursos técnicos de outras instituições transformaram o canteiro de obras em uma extensão da sala de aula. No dia a dia, eles colocam, em prática, o aprendizado teórico; e, com isso, ganham mais experiência e constroem conhecimentos que lhes serão cruciais no mercado de trabalho.
O Centro Cultural de Araxá será um marco na história, não só do Uniaraxá; como também de Araxá e região. O espaço possibilitará que outras formas de construção de conhecimentos sejam trabalhadas; além de abrir portas para novas conquistas, como a vinda de novos cursos; promovendo, assim, a inclusão e gerando oportunidades.
Muito legal que Araxá e suas instituições se modernizem! Mas na minha opnião esse prédio ficou muito feio por fora, acho que muitos esperavam que fosse todo de vidro, mas como disse a matéria foi preciso dessa forma para ajudar na acústica.