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Curso de Direito do Uniaraxá: Em defesa dos direitos dos indígenas

Curso de Direito do Uniaraxá: Em defesa dos direitos dos indígenas

Curso de Direito do Uniaraxá: Em defesa dos direitos dos indígenas 1

O Programa de Direitos Humanos do curso de Direito do Uniaraxá realizou mais uma atividade. Desta vez, o que estava em jogo e em destaque era o direito dos povos indígenas, notadamente dos descendentes dos índios Arachás.

O programa vem desenvolvendo várias atividades sempre relacionadas aos direitos humanos e abordando, em cada atividade, um aspecto diferente do ponto de vista dos direitos fundamentais da pessoa humana, tanto conforme a Constituição Brasileira, quanto em relação à Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas.

Aproveitando a oportunidade do Dia do Índio, comemorado em 19 de abril, e sob a liderança dos professores Bruno Barbosa Borges e Elizabeth Cristine de Oliveira Futami, os descendentes da tribo dos índios Arachás – Katu-awá Arachás – foram convidados para a atividade que constou de palestras e exposição de artesanato e artefatos indígenas, bem como os representantes presentes, usando trajes e pinturas próprias da cultura indígena.

O cacique Karcará Uru, Edson Adolfo da Silva, foi o palestrante em dois momentos e para públicos distintos – às 8h e às 20h.

A professora Elizabeth, coordenadora da atividade, que teve como tema “Aspectos Sociais, Históricos e Legais dos Povos Indígenas no Brasil”, abriu cada uma das sessões realizadas no auditório do Tribunal do Júri do Uniaraxá, destacando a importância da defesa dos direitos humanos e, dentro deste campo, a oportunidade de lembrar os direitos humanos dos povos indígenas e sua defesa. Ela destacou o papel da Justiça e o trabalho daqueles que são formados em Direito.

Exposição de artefatos indígenas no campus do Uniaraxá - Foto: Divulgação

Em cada uma das palestras, o cacique Edson Adolfo deu ênfase aos indígenas como etnicamente desprezados e desrespeitados ao longo dos séculos em todo o continente americano, da mesma forma que os povos primitivos em outros países da Europa, Ásia e África também foram e ainda são desprezados e desrespeitados.

Se tratando dos povos do Brasil, o cacique destacou o “etnocídio cometido pelos invasores”, e a desconsideração atual com os povos indígenas, que ainda são responsáveis pelas 180 línguas diferentes faladas em diferentes partes do Brasil, além do desrespeito e do desprezo em relação às manifestações culturais dos povos indígenas.

Falando das lutas empreendidas pelos indígenas do Brasil, junto aos organismos de governo e junto às aos organismos internacionais, ele deu destaque à luta dos descendentes dos Katu-awá Arachás na defesa do direito a um pedaço de terra para ali resgatarem a sua cultura e viverem suas experiências milenares de respeito e de harmonia com a natureza. Diz ele: “Já tivemos oportunidades em diferentes fóruns, auditórios, congressos e universidades por diferentes partes do Estado e do Brasil, para falarmos das nossas lutas, aspirações e de nossa cultura; mas aqui em Araxá é a primeira vez que nos dão esse espaço de expressão e esse direito de exposição de nossas aspirações e de nossos direitos.”

Em tenda montada especificamente para o evento, dentro do campus do Uniaraxá e próximo ao auditório do Tribunal do Júri, os descendentes dos Katu-awá Arachás fizeram significativa exposição e conversaram com os visitantes ao longo de todo o dia 19 de abril, última terça-feira.

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