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Diretor da FCA prevê abertura do curso de Medicina para janeiro de 2012

Diretor da FCA prevê abertura do curso de Medicina para janeiro de 2012

O projeto para que Araxá tenha em breve uma escola de medicina vem ganhando força nos últimos dias. Desde a última semana, quando o prefeito Jeová Moreira da Costa anunciou que a cidade estava perto de ter o curso através de parceria entre o Centro Universitário do Planalto de Araxá (Uniaraxá) e a Universidade Presidente Antônio Carlos (Unipac), políticos de renome do Estado já demonstraram interesse em trabalhar pelo projeto.

É o que diz o diretor da Fundação Cultural de Araxá (FCA), entidade mantenedora do Uniaraxá, José Gino Borges. Para ele, a implantação do curso é irreversível. “Temos notado uma grande motivação das autoridades locais e com o apoio político que temos conquistado podemos dizer que esse projeto será uma realidade em breve.”

Mesmo entusiasmado com o projeto, José Gino afirma que existe um processo burocrático até a implantação do curso. “Nós demos o pontapé inicial, mas ainda temos um longo processo burocrático para ser implantado. Existe um período de amadurecimento do projeto que é um pouco demorado. Sabemos que o tempo recorde para a implantação de um curso de Medicina foi oito meses, isto, com o forte apoio político. A nossa expectativa é de abrir o curso em janeiro de 2012, já que estamos tendo grandes aliados na política nacional”, destaca o diretor.

Ele afirma que, mesmo com o apoio político, há várias barreiras a serem vencidas. “Mesmo o Uniaraxá sendo centro universitário e tendo total autonomia para abertura de cursos, existem três que dependem da autorização do Ministério da Educação (MEC) que é o de Direito, Pedagogia e Medicina”, afirma.

“Portanto, para pedirmos essa autorização que desejamos, temos que elaborar um projeto pedagógico do curso que atenda às necessidades da região, temos que ter um convênio com um hospital escola que entendemos ser a Santa Casa de Misericórdia, com as modificações que estão sendo realizadas, convênios com as Unidades de Saúde (Unis) do município, e existe uma boa vontade do prefeito (Jeová Moreira da Costa) nesse sentido, e um segundo hospital que entendemos ser a Casa do Caminho, pois também é voltado para o Sistema Único de Saúde (SUS)”, acrescenta José Gino.

O diretor diz que após o projeto pedagógico ser finalizado, o campus do Uniaraxá terá totais condições de receber o curso.

“Temos uma grande vantagem no Uniaraxá que é a existência de quatro cursos na área de saúde e com pequenas modificações os laboratórios passam a ser compatíveis com o nosso projeto. Além disso, temos que construir mais dois novos laboratórios e ampliar nossa biblioteca com o investimento de mais de R$ 300 mil na aquisição de livros de medicina”, explica.

“Com essa estrutura física pronta, solicitamos a abertura do curso ao MEC que vai designar uma comissão para analisar as condições do centro universitário, dos hospitais e das unidades. Depois de todos os requisitos cumpridos e a aprovação do curso pelo Conselho Nacional de Saúde e o de Educação, o curso é aberto”, esclarece.

Parceria

José Gino ressalta que a parceria com a Unipac será para uma consultoria. “O curso de Medicina será do Uniaraxá, a Universidade Presidente Antônio Carlos vai nos ajudar com a sua grande experiência e também pela força política que eles têm para que o curso seja aprovado. Nós já visitamos a instituição e entendemos que eles têm muito a contribuir. Queremos fazer um contrato de parceria, onde vamos remunerar a Unipac por esse serviço de consultoria que ela vai prestar. É o nosso projeto inicial, nosso grande objetivo, mas pode haver algumas mudanças, caso haja necessidade.”

Perfil

O diretor afirma que Araxá e região têm uma grande carência de médicos especialistas. “Temos muitas pessoas que buscam tratamento fora da cidade, como Barretos e Uberaba, e com um curso de Medicina vamos alavanca o processo de saúde na cidade. Araxá é uma cidade polo, temos 21 municípios que trazem alunos para estudarem no Uniaraxá, então, temos que criar condições para atender toda essa população. A comunidade vai ganhar muito, pois vamos trazer doutores para dar aulas e eles vão abrir seus consultórios, atender na rede pública, enfim, todos vão ganhar muito com o projeto implantado.”

Investimentos

Segundo ele, em termos de estrutura física será necessário um investimento de R$ 1,5 milhão. “É uma projeção inicial, mas que pode haver mudanças. Temos certeza que teremos parceria com o governo federal, estadual e municipal para viabilizar esses recursos. Em relação aos valores das mensalidades a serem cobradas, temos apenas uma ideia do que é cobrado na região. Pela pesquisa que fizemos, será algo em torno de R$ 3 mil por mês, pois o curso de Medicina é muito alto”, diz o diretor da FCA.

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