A “metralhadora ponto 100” a que se referiu o José Sarney em conversa gravada com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, parece ter sido descarregada em Minas Gerais.
De um lado, titubeia o governador do Estado — já bastante alvejado pelas disparadas de seu operador Bené, que está na cadeia e fechou delação.
O petista foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Acrônimo, da Polícia Federal.
Está dependurado por um recurso no Supremo.
A depender do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o Pimentel vira, ou não, réu.
Deverá ser imediatamente afastado, a rigor da Constituição do Estado de Minas Gerais. Ou, conforme expressa a Constituição Federal de 1988, o afastamento deverá ser avalizado pelos deputados da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Cabe ao STJ decidir, nos próximos dias.
Não diferente, o PSDB mineiro — que também titubeia. (O que será do impeachment no Senado se Anastasia e Aécio forem colocados na fogueira?)
Como um tiro bem dado nas costas, um ex-secretário do então governador Anastasia foi parar na cadeia.
Suspeito de ter desviado dezenas de milhões na construção da Cidade das Águas — o elefante branco de Frutal.
A delação do tucano engaiolado promete tremer o poleiro do tucanato.
Certamente diria o presidente Sarney: “um ponto 100 mineiro”.
Por Guilherme Scarpellini