Produtora de queijo da região é destaque no 1º Festival de Queijo Minas Artesanal

Produtora de queijo da região é destaque no 1º Festival de Queijo Minas Artesanal
Foto: Fotos: Gil Leonardi /Agência Minas

Na última sexta (28), aconteceu em Belo Horizonte o 1º Festival de Queijo Minas Artesanal. Participam do festival, os produtores de Queijo Minas Artesanal que receberam 12 medalhas no Salão Internacional do Queijo, realizado na cidade de Tours, na França. O festival francês analisou mais de 700 produtos de mais de 20 países e Minas Gerais trouxe na bagagem uma medalha Super Ouro, uma de ouro, sete de prata e três de bronze.

O governador de Minas, Fernando Pimentel, participou da abertura do evento, onde assinou dois despachos na ordem de R$ 2,2 milhões que serão usados para aprimorar a produção de queijo minas artesanal e fomentar novas pesquisas sobre a produção de leite e seus derivados.

A produtora Marly Leite, que desde criança acompanha a produção da iguaria na Fazenda Caxambu, município de Sacramento, na microrregião de Araxá, afirma que o reconhecimento é fruto de trabalho de várias pessoas e de aperfeiçoamento da receita que perpassou várias gerações de sua família. O queijo Senzala, que recebeu a maior premiação do torneio, é certificado pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), o que atesta a qualidade do seu processo de fabricação e permite que ele seja vendido em qualquer ponto do Estado.

“Quando começaram a surgir as certificações, nós passamos a ter a marca ‘queijo’ e, a partir daí, houve uma propagação e maior reconhecimento”, afirmou.

O produtor Túlio Madureira, premiado com uma medalha de prata (Queijo Kankrej) e outra de bronze (Queijo do Gir) no Salão Internacional, diz que a produção da iguaria é uma tradição há cinco gerações na sua família e que, à medida em que os produtores começaram a investir no processo de maturação do produto, a qualidade aumentou e, com isso, veio o reconhecimento. “Deixei de vender uma peça a R$ 8,00 para vender a R$ 50,00 e já cheguei a vender por até R$ 250,00”, revelou.

Para ele, a base de todo esse processo é o reconhecimento pelos órgãos de controle e fiscalização e a legalização desse produto.  “O processo de legalização é a base para isso. O que a gente busca com o processo de cadastramento é regularizar as questões sanitárias. Hoje, todos os setores do queijo demandam pesquisa, desde quando ele está fresco na banca até o processo de maturação e utilização dos fungos e leveduras. A questão da qualidade do queijo e o saber fazer está preservado”, disse.

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