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Sem escolas de samba, prefeitura prepara Carnaval no Expominas

Sem escolas de samba, prefeitura prepara Carnaval no Expominas

Sem escolas de samba, prefeitura prepara Carnaval no Expominas 1

Da Redação – O Carnaval de Araxá não terá o tradicional desfile de rua das escolas de samba em 2011. A administração municipal e a Associação Carnavalesca de Araxá (ACA) firmaram um acordo para acabar com as reclamações dos moradores do entorno da avenida João Paulo II e atender uma antiga reivindicação das escolas, a construção de um sambódromo.

A prefeitura já disponibilizou duas áreas para a associação definir qual melhor se adapta ao projeto de construção. Uma está localizada próximo à BR-262, sentido o arraial da Antinha, a 11 km do Centro, e a outra ao lado da Fazenda Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), no Setor Leste, a 5 km da Capela Filomena.

Mesmo sem o desfile de rua, os foliões araxaenses não ficarão sem as comemorações da maior festa popular do país. A ACA e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Parcerias estão programando shows com artistas locais e regionais para os cinco dias de Carnaval. A intenção de que a festa aconteça no Expominas. “Ainda estamos definindo o local, mas a nossa expectativa é realizar uma grande festa. Não teremos o tradicional desfile de rua, mas os araxaenses e turistas terão bons shows à disposição.”

Para o presidente da ACA, Hélio da Silva Pereira, ouve muitas reclamações sobre a realização do Carnaval na avenida João Paulo II. “Por essas reclamações e a grandiosidade que se tornou o Carnaval de Araxá, nós, juntamente com os presidentes de todas as escolas de samba, decidimos que nós próximos dois anos não haverá desfile de rua. Com a verba que temos anualmente do município, o apoio do governo estadual e do deputado Aracely de Paula vamos construir um espaço cultural que pode se transformar no sambódromo no carnaval e receber milhares de pessoas, sem incomodar ninguém”, afirma. 

“Há 10 anos que o desfile era realizado na avenida João Paulo II, mas nunca foi o local ideal. O ano passado tivemos que fechar a avenida por 18 dias, o que atrapalhou o trânsito da cidade. Além disso, as escolas não têm um espaço para guardar suas alegorias e isso gera um perigo para pedestres e motoristas que transitam pela via.”

De acordo com Hélio, o momento é de evoluir. “Temos que crescer, investir no nosso Carnaval. Vamos ficar sem desfile nos próximo dois anos, mas com o objetivo de realizar um evento com qualidade e segurança após o sambódromo construído. Para que não haja problemas futuros, estamos analisando as duas áreas afastadas da cidade. Às vezes, as pessoas não vão entender o porque desses locais, mas estamos com uma visão de futuro. Hoje a cidade está longe desses locais, mas a cidade está crescendo e futuramente vai ficar mais próxima. Uma distância que vai ficar boa para o público e não vai incomodar ninguém.”

Segundo o presidente da ACA, a construção do sambódromo será de acordo com a liberação da verba. “Vamos fazer o que é prioridade. Inicialmente a pista é o que necessitamos e será a primeira etapa da obra. O projeto é enorme, tem um centro de convenções para mais de 2 mil pessoas, salas de reuniões, um local para a sede da ACA, enfim, é uma obra maravilhosa”, destaca o presidente.

Projeto

O prefeito Jeová diz que o projeto da administração municipal não contempla apenas o sambódromo. “Queremos construir um espaço cultural e esportivo. O nosso desafio é unir as pessoas e dentro dessa forma de governar vamos buscar uma parceria com a ACA, o Clube de Jipeiros e a Associação de Som Automotivo e Arrancadas”, diz.

“Muitas vezes, as pessoas fazem essas práticas em locais impróprios, o que causa transtorno para a comunidade. O nosso projeto é criar um novo produto turístico e de lazer. Dentro desse conceito, criamos no meu primeiro governo um local propício ao voo livre. Agora vamos construir um local que vai contemplar com um camping a Associação dos Jipeiro que tem cerca de 50 sócios, a ACA com o sambódromo e um espaço para práticas de arrancadas, exposições e competições de som automotivo. Uma obra com particularidades para cada associação, mas com pontos de uso comum”, destaca Jeová.

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