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Venda de importados recuam 21,6% no semestre

Venda de importados recuam 21,6% no semestre

Venda de importados recuam 21,6% no semestre 1

Da Redação/Via Folha Online – A alíquota adicional de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e a valorização do dólar fizeram as vendas de veículos importados sem fábrica no país recuar 21,6% no primeiro semestre.

Os emplacamentos das empresas filiadas a Abeiva (associação que reúne os importadores) somaram 70.971 unidades de janeiro a junho, ante as 90.518 vendidas no primeiro semestre do ano passado.

A entidade reúne desde marcas de luxo, como Ferrari e Porsche, até fabricantes de modelos mais populares, como Jac e Chery.

No mesmo período, as vendas do mercado total do país ficaram praticamente estáveis – variação negativa de 0,3% – em 1,63 milhão de unidades.

Desde o final do ano passado, os modelos importados passaram a pagar um adicional de 30 pontos percentuais no IPI. O imposto foi elevado para veículos com menos de 65% de conteúdo nacional como forma de proteger a produção local.

Os importadores também foram afetados pela valorização do dólar neste ano. No semestre, a moeda subiu 7,5%, para valor próximo de R$ 2.

Entre as marcas com volume superior a 1 mil unidades no semestre, as coreanas Kia e SsangYong tiveram as maiores quedas nas vendas. Os recuos foram de 45,7% e 44,2% respectivamente. Já as maiores altas em igual comparação foram registradas pela Jeep (65,3%) e Dodge (58,8%).

Menor participação

Diante da retração nas vendas, caiu também a participação dos importadores no mercado brasileiro. As marcas estrangeiras representaram 4,35% das vendas no primeiro semestre deste ano, ante 5,53% nos seis primeiros meses de 2011.

A Abeiva negocia com o governo medidas para aliviar o impacto do adicional de IPI aos importados. Uma das hipóteses em discussão é a adoção de um sistema de cotas que ficariam de fora da elevação na alíquota.

“Temos promessas, mas nada foi feito. A situação é desesperadora. Se nada for feito, o desastre será ainda maior”, afirma o presidente da Abeiva, Flávio Padovan.

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