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Casos de dengue sobem 150% em Araxá

Casos de dengue sobem 150% em Araxá

O número de casos de dengue confirmados em Araxá já é o maior dos últimos anos. Só nos dois primeiros meses de 2010, foram 25 notificações registradas, sendo dez casos confirmados, seis negativos e nove que ainda aguardam o resultado da Fundação Ezequiel Dias (Funed), responsável pela análise.

Em 2008, a Secretaria Municipal de Saúde registrou nove casos confirmados de dengue, no ano seguinte foram apenas quatro casos, uma redução de mais de 50%. Mas este ano, a quantidade de casos confirmados já é 150% maior que todo o período de 2009. Minas Gerais está sob alerta. De janeiro até o último dia 22 forma notificados 19.296 casos, um aumento de 20,69% em relação ao mesmo período do ano passado.

Cerca de 76 agentes do Setor de Zoonoses fazem o trabalho de coleta de possíveis locais de proliferação da doença na cidade. Só este ano, foram recolhidas 28 toneladas de pneus, objeto que armazena o maior índice de proliferação do mosquito. Os pacientes identificados em visitas dos agentes do Programa da Saúde da Família (PSF) e em Unidades Básicas de Saúde (Unis) apresentaram sintomas como febre, dor de cabeça, dores pelo corpo e náuseas que caracterizam a forma clássica da doença.

A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Antônio Marcos Belo, dos dez casos confirmados em Araxá, três são importados.

“Quatro casos foram de uma única família que mora no bairro Santo Antônio. Esses aumentos de casos na última semana é o efeito carnaval, onde há uma grande movimentação de pessoas. Não esperávamos essa grande quantidade de casos, mas estamos realizando várias ações para evitar a proliferação da doença. Precisamos do apoio da população para que o número de casos se estabilize. As pessoas tem que se prevenir e colaborar ficando atenta aos possíveis foco da doença”, afirma.

Risco de epidemia

Os municípios mineiros com maior número de notificações da dengue são Belo Horizonte (2.847), Montes Claros (1.840), Arcos (1.168), Uberaba (999) e Pirapora (913). Os municípios que se encontram em alto risco para a infestação do mosquito estão Ituiutaba, com 8%, Juiz de Fora, 4,9%, e Montes Claros, com 7,8%. Outras 13 cidades estão em situação de alerta, apresentando indicadores entre 1% e 3,8%, caso de Uberaba.

De acordo com o superintendente de Epidemiologia da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Francisco Lemos, diversas atividades são feitas ao longo do ano para mostrar que é preciso cuidar da casa e demais ambientes, para que haja uma redução da doença. “A população se mobiliza mais durante o verão, quando há uma alta na transmissão de dengue. No entanto, os cuidados precisam se estender ao longo do ano, pois 80% dos focos estão nas residências”, informa. Ele atribui o aumento dos casos notificados este ano ao volume de chuvas de dezembro e janeiro, aliado ao forte calor.

Sintomas

O doente pode apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, náuseas ou até mesmo não apresentar qualquer sintoma. O aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz e gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes podem indicar a evolução para a dengue hemorrágica – um quadro grave que necessita de imediato atendimento médico, pois pode ser fatal.

É importante procurar orientação médica ao surgirem os primeiros sintomas, pois as manifestações iniciais podem ser confundidas com outras doenças, como febre amarela, malária ou leptospirose e não servem para indicar o grau de gravidade da doença.

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