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Exportação do agronegócio de MG se recupera e cresce 25,5%

Exportação do agronegócio de MG se recupera e cresce 25,5%

As exportações do agronegócio mineiro começaram o ano de 2010 com forte recuperação. As vendas do mês de janeiro somaram US$ 472 milhões. Um aumento de 25,5% em relação a janeiro de 2009. Em volume embarcado, o crescimento foi de 7,2%, com o envio para o exterior de 436,5 mil toneladas de produtos do agronegócio no primeiro mês do ano. Os números foram organizados pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), com as informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O desempenho mineiro foi bem melhor que a média nacional. O agronegócio brasileiro movimentou US$ 4 bilhões no período, uma queda de 1,84% no valor exportado na comparação com janeiro de 2009. Em quantidade embarcada, a queda foi de 21,5%. O volume enviado pelo agronegócio nacional para o exterior no primeiro mês do ano foi de 5,9 milhões de toneladas.

“O aumento das exportações mineiras é consequência, principalmente, da recuperação dos preços no mercado internacional e da vantagem competitiva de alguns produtos”, explica o secretário de Agricultura, Gilman Viana Rodrigues. As vendas de café, principal produto da pauta das exportações do agronegócio, somaram US$ 248 milhões. O aumento em relação a janeiro do ano passado foi de 12,9%. Em janeiro de 2010, Minas Gerais vendeu 94,7 mil toneladas de café para outros países. Volume 1% menor que no mesmo período do ano passado. Como compensação, houve um crescimento médio do valor da tonelada de café no exterior de 14%. “Esta recuperação dos preços explica o resultado positivo no valor das vendas do café mineiro”, comenta o secretário.

O grupo das carnes (bovina, suína e frango) movimentou US$ 50 milhões no primeiro mês do ano com as vendas mineiras. Em relação a janeiro de 2009, o aumento foi de 81%. Já o país movimentou US$ 842 milhões com a venda de carnes, crescendo 10,2%. Em volume embarcado, enquanto Minas Gerais apresentou um crescimento de 34,2%, chegando a 23,5 mil toneladas, as vendas nacionais caíram 8,3%, com embarques de 375,6 mil toneladas.

Os embarques de carne bovina por Minas Gerais somaram US$ 20,8 milhões, com a comercialização de 5,8 mil toneladas. Um crescimento de 33,4% no valor e 15% na quantidade vendida. “No caso da carne bovina, Minas Gerais é o país com maior número de fazendas aptas a ofertar o produto para os frigoríficos que exportam para a União Europeia por causa do programa de rastreamento do rebanho estadual. O mercado europeu, além de pagar mais pela carne bovina, também serve de referência para outros países compradores”, explica Gilman Viana.

Em relação à carne suína, as vendas mineiras somaram US$ 12,3 milhões, com um crescimento de 236%. O motivo da recuperação foi o aumento do volume comercializado que cresceu 209% e chegou a 5,2 mil toneladas.

Já as vendas de carne de frango pelo Estado, de US$ 15 milhões, representaram um crescimento de 75,2%. O volume embarcado, de 9,8 mil toneladas, aumentou 11% em relação a janeiro de 2009.

As vendas de açúcar por Minas Gerais, destaque no ano passado, continuaram em expansão e atingiram US$ 79 milhões. Alta de 275% na comparação com o primeiro mês de 2009. As vendas de madeira e derivados, que não tiveram bom desempenho no ano passado, registraram crescimento. No primeiro mês de 2010, elas chegaram a US$ 41,6 milhões com expansão de 28,5% na comparação com janeiro de 2009.

Outros produtos

Apesar do bom desempenho das exportações mineiras, as vendas de alguns produtos apresentaram retração em janeiro de 2010, na comparação com o mesmo período do ano passado. A comercialização do complexo soja (grão, farelo e óleo) movimentou US$ 2,4 milhões, uma redução de 86%. “Houve uma retomada dos estoques mundiais de soja, consequência do crescimento da safra de alguns países produtores, como é o caso da Argentina”, explica Gilman Viana.

As vendas de álcool, de US$ 7 milhões, e de produtos lácteos, de US$ 4,5 milhões, também apresentaram queda. A redução foi de 52% e 40,7%, respectivamente. Em ambos os casos, também houve uma forte queda do volume embarcado.

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