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Família diz que vai processar Santa Casa por suposto erro de cirurgia

Família diz que vai processar Santa Casa por suposto erro de cirurgia

Os pais do jovem Luis Otavio Gonçalves de Souza, 7 anos, vão processar a Santa Casa de Misericórdia de Araxá por um suposto erro de cirurgia cometido na última sexta-feira (24). De acordo com o pai, Nelson Donizete de Souza, seu filho entrou para o centro cirúrgico do hospital para realizar uma operação de hérnia e de fimose, mas foi operado na garganta.

“Poucos minutos depois que meu filho voltou do centro cirúrgico o nariz dele começou a sangrar e imediatamente a mãe solicitou a presença da médica que fez a cirurgia. A enfermeira que fazia o acompanhamento clínico da criança explicou que o sangramento era normal em cirurgias de garganta e que meu filho não havia sido operado de hérnia e de fimose. A explicação dela foi que ao tomar a anestesia houve uma reação alérgica e tiveram que operar a garganta para que ele pudesse voltar a respirar”, diz o pai.

Segundo Nelson, a justificativa não é verdadeira. “O que aconteceu foi um erro da médica, fizeram a cirurgia errada. Meu filho estava no mesmo quarto que uma outra criança e ela, sim, tinha que operar a garganta. As duas crianças tinham nomes parecido e houve a confusão. Quando o hospital percebeu que tinha feito o cirurgia errada mandou a outra criança embora e remarcou a cirurgia dela”, acusa.

“Já meu filho não recebeu qualquer visita medica após ser operado. É um absurdo, meu filho nunca teve qualquer problema de garganta, nunca sentiu uma dor de garganta sequer, o problema dele é de hérnia e fimose. Fizeram a cirurgia errada e a gente vai processar o hospital e a médica que cometeu o erro”, afirma o pai.

Ele conta que há vários anos esperou pela cirurgia no filho. “A gente vem tentando fazer essa cirurgia há três anos e agora acontece esse erro. A gente sai de Campos Altos e vai fazer a cirurgia do nosso filho em Araxá porque foi onde encontramos vagas e eles fazem a cirurgia errada. Graças a Deus meu filho está bem e parece não ter comprometido nada, mas a gente não vai aceitar esse erro porque pode acontecer com outras pessoas”, afirma.

Em nenhum momento a médica avisou a família que iria operar a garganta. Se houve uma reação alérgica, que a gente não acredita que possa ter acontecido porque todos os exames foram feitos e ele poderia ser operado normalmente, porque não avisaram?”, ressalta Nelson.

A médica que realizou a cirurgia, Marta Paulino, explica que não houve qualquer erro. “O que aconteceu foi uma complicação cirúrgica no momento em que íamos incubar a criança e como houve um sangramento na garganta tivemos que suspender a cirurgia de hérnia e de fimose e realizar uma operação imediata na garganta”, diz.

“No próximo sábado, a criança vai retornar ao hospital para fazermos uma avaliação da cirurgia, uma situação normal em todas as operações. Inclusive, a cirurgia de hérnia e fimose já esta marcada para daqui 30 dias. A outra criança só não foi operada porque eu realizo minhas cirurgias com materiais meus e não do hospital. Como houve a necessidade de realizar uma operação de emergência, decidimos liberar a criança e remarcar a cirurgia dela”, diz acrescenta a médica.

Segundo ela, em vários anos de medicina nunca houve qualquer questionamento do seu trabalho. “Eu atendo dezenas de crianças diariamente, atendo na prefeitura há muito tempo porque sei da falta de médicos e como é importante a gente trabalhar na rede pública. Nunca tive qualquer problema, qualquer reclamação. O que pode ter acontecido foi uma falha de comunicação e a família não entendeu bem o que aconteceu”, afirma Marta.

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