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Oposição quer diminuir de 12,5% para 2,5% suplementação proposta por Jeová

Oposição quer diminuir de 12,5% para 2,5% suplementação proposta por Jeová

Marco Antonio Rios e Garrado durante discussão sobre o projeto - Foto: Jorge Mourão

Da Redação/Jorge Mourão – O projeto de lei (138/2011) de autoria da Prefeitura de Araxá que autoriza a suplementação de 12,5% (movimentação de cerca de R$ 20 milhões sem depender de autorização legislativa) ao Orçamento Municipal vigente (R$ 167 milhões) causou embaraço entre os vereadores da base governista e oposição durante a reunião ordinária da Câmara Municipal de Araxá nesta terça-feira (30).

Os oposicionistas apresentaram uma emenda ao projeto diminuindo o percentual para 2,5%, assinada por todos os vereadores, mas a base voltou atrás pela aprovação do projeto após intervenção do Executivo e querem manter os 12,5% na proposta, alegando que um percentual inferior não é suficiente para cumprir projetos. Com a falta de consenso, a Mesa Diretora da Casa não colocou a proposta para votação, que precisa de seis votos para ser aprovada.

Pelo lado da oposição, o vereador Marco Antonio Rios (PSDB) afirma que somente este ano a prefeitura já teve mais de 30% de suplementação – 12,5% no início do ano (prevista na Lei Orçamentária Anual), 7,5% no período da viagem internacional do prefeito Jeová Moreira da Costa e equipe para a Europa e Oriente Médio e outros 14% selecionados para projetos diversos como, por exemplo, o que destinou R$ 700 mil para o filme “Vazio Coração” que está sendo gravado na cidade.

“A oposição se dispõe a aprovar os 10% restantes caso essa emenda de 2,5% seja aprovada, mas o prefeito precisa enviar um relatório do que será pago com essa suplementação, assim como o fez nas vezes anteriores. Não saberíamos se seriam suplementados ou anulados alguma ficha orçamentária importante na destinação de recursos para a saúde ou educação, por exemplo. São recursos públicos e a comunidade tem a obrigação de saber em que estão sendo gastos. Fora isso, autorizamos também mais de R$ 60 milhões para cumprimento da folha de pagamento do quadro de servidores”, afirma Marco Antonio.

Já a base disse que por parte do prefeito não há negociação. O vice-líder do governo na Câmara, César Romero da Silva (Garrado/PR), afirma que a prefeitura tem prioridades em cumprir as diversas obras que estão sendo feitas na cidade, dentre elas, a Cidade Administrativa e a revitalização da avenida Antônio Carlos.

“No governo anterior que teve oito anos a prefeitura sempre teve 25% de suplementação e agora estão questionando essa suplementação dos 12,5%. Se isso não for possível as obras vão parar. Aliás, a cidade nunca viu tantas obras sendo executadas. Não querem deixar o prefeito trabalhar. Deixem o homem trabalhar, gente”, afirma Garrado.

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