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Rede estadual de ensino terá mudanças no repasse de conteúdo

Rede estadual de ensino terá mudanças no repasse de conteúdo

Não só as atividades do Plano de Estudo Tutorado (PET) serão utilizadas para computar a carga horária dos alunos da rede estadual de ensino. Com objetivo de valorizar as atividades extras que auxiliam no aprendizado e o saber do professor, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) dividiu a carga horária: as atividades dos PETs passam a contar como 60% do total e as atividades complementares elaboradas pelos educadores equivalem a 40%.

A nova ação será desenvolvida por meio de atividades de acordo com a realidade de cada turma. “Estas atividades podem ser diversificadas, no formato escrito, exercícios, mas também podem ser uma variedade de metodologias de ação, como a produção de podcast, videoaulas e oficinas com materiais concretos, de acordo com a criatividade de cada professor e acesso do estudante”, destaca a superintendente de Políticas Pedagógicas da SEE/MG, Esther Augusta Nunes Barbosa.

Necessidades

A professora de geografia Cassia Helena Barbosa Morato, da Escola Estadual Francisca Botelho, em Pitangui, conta que, desde o ano passado, já encaminhava para os alunos indicações de textos e vídeos para complementar os PETs e considera a oportunidade de essas atividades contarem como carga horária uma valorização do trabalho desenvolvido pelo professor. “Achei muito positivo o PET permitir que a gente faça essa complementação. É mais trabalhoso, mas os frutos serão melhores. Acho muito interessante essa autonomia, porque valoriza o trabalho do professor”.

Segundo a educadora, o contato do professor com o aluno faz com que as atividades propostas sejam realmente relacionadas às necessidades dos estudantes. “As atividades complementares são feitas de acordo com o que o PET vem trazendo, seguimos aquele eixo temático e habilidades a serem alcançadas. Além disso, elas são um pouco mais aprofundadas, porque conhecemos os alunos e, a partir dos diagnósticos que vamos fazendo, sabemos onde eles podem ter mais dificuldades”.

Além das atividades complementares, Cassia também destaca a realização de projetos, que muitas vezes serão realizados nos sábados letivos.

Lúdicas

Regina Melo Moscardini Costa é professora do 3º ano do ensino fundamental na Escola Estadual Professor Nestor Lacerda, no município de Boa Esperança. Como atua com crianças, a educadora busca desenvolver atividades complementares mais lúdicas e que estimulem os estudantes a trabalharem com materiais que possuem em casa.

“Faço muitos jogos e utilizo materiais reciclados. Teve uma atividade que escrevi as sílabas em um quadro, tirei fotos e encaminhei para eles. Falei para pegarem um pedaço de papelão, escrever as sílabas e formar as palavrinhas. A devolutiva foi ótima. Em matemática, por exemplo, fiz uma atividade com tampinhas, pedrinhas e palitos”, conta Regina.

A inspiração para a elaboração das aulas vem de muita pesquisa, como destaca a educadora. “Procuro fazer o melhor. Sempre estou estudando e pesquisando coisas mais lúdicas e que envolvam os alunos. São aulas prazerosas para mim e para eles”, conclui.

Envolvendo os estudantes

No município de Itajubá, a professora Gabriela Belini Gontijo tem uma meta: sempre elaborar atividades que os alunos vão gostar. Para ela, a liberdade para os educadores elaborarem as atividades complementares foi positiva. “ Fiquei muito feliz quando o Estado deu a oportunidade da gente colocar o nosso perfil nas atividades. Quando estamos elaborando as atividades complementares, buscamos utilizar o recurso que seja mais adequado para o aluno”, afirma.

Educação Especial

Os estudantes da educação especial também estão recebendo atividades complementares. Os materiais devem ser adaptados a partir do Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) do aluno e atender às necessidades educacionais específicas de cada estudante.

Plano de Estudo Tutorado

O PET é um conjunto de atividades de todos os componentes curriculares de cada etapa de ensino que os estudantes devem realizar em casa para dar continuidade ao seu processo de aprendizagem. O material é a principal ferramenta e o instrumento estruturante desenvolvido para o Regime de Estudo não Presencial, oferecido pela SEE/MG neste momento em que as atividades escolares presenciais estão suspensas.

Para este ano letivo de 2021, a novidade é que as apostilas com os conteúdos trabalhados em cada ano de escolaridade passam a ser bimestrais, ou seja, a cada dois meses o estudante terá acesso a um novo material, totalizando quatro PETs no ano.

As apostilas estão disponíveis gratuitamente para download, no endereço eletrônico estudeemcasa.educacao.mg.gov.br. Assim como no ano passado, para os estudantes que não têm acesso à internet, o PET é entregue impresso. A logística e a organização para a entrega serão feitas pelos gestores escolares, de acordo com a realidade de cada comunidade, sempre respeitando as determinações da Secretaria de Estado de Saúde (SES) com relação aos protocolos sanitários de prevenção e combate à covid-19.

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