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Romeu Zema participa de seminário internacional sobre barragens de rejeitos e debate o futuro da mineração em Minas

Romeu Zema participa de seminário internacional sobre barragens de rejeitos e debate o futuro da mineração em Minas
Foto: Gil Leonardi/Imprensa MG

O governador Romeu Zema participou nesta quarta-feira (17/4), em Nova Lima, do Seminário Técnico Internacional sobre Barragens de Rejeitos e o Futuro da Mineração em Minas Gerais. Ao lado de ministros e secretários de Estado, Zema afirmou que “existem recursos, tecnologias e processos seguros” dentro da mineração e que eles precisam ser utilizados como forma de repensar a atividade, que é responsável por 25% da indústria mineira.

“Estamos aqui, hoje, iniciando uma era pós-tragédias em Minas Gerais. Tivemos a tragédia de Mariana há três anos e, recentemente, a de Brumadinho e sabemos que há tecnologias e recursos disponíveis capazes de viabilizar esse setor, de forma que continue operando sem esse tipo de falha. A mineração precisa ser repensada e o grande objetivo desse seminário é esse. A mineração é extremamente relevante para o Brasil e mais ainda para Minas, 40% das exportações de minério do Brasil estão aqui, a mineração representa 25% da nossa indústria e 5% da nossa economia”, afirmou o governador durante a abertura do seminário.

Após o evento, ele sobrevoou as áreas afetadas pelo rompimento da barragem em Brumadinho ao lado do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Eles também visitaram o Inhotim, um dos maiores institutos de arte do mundo e que fica na região. 

Ainda durante o seminário, o governador destacou as medidas tomadas pela sua gestão para atender as vítimas da tragédia e para evitar que novos casos, como o de Brumadinho, voltem a ocorrer.

“Nosso governo agiu muito rápido. Estendo esse agradecimento à Assembleia que em um mês aprovou nova legislação, tornando mais exigente a mineração, e tenho convicção de que o que ocorreu de negativo tem de ser revertido em coisas positivas”, completou o governador, que defendeu a diversificação e dinamização da economia do Estado, além da redução das burocracias.

“Temos de mudar a mentalidade reinante no Brasil de que mais regulamentação e mais leis proporcionam melhor desempenho. Burocracia não gera bons resultados. Temos em Minas uma das legislações tributárias mais complexas do mundo e, apesar disso, um alto grau de informalidade e sonegação. O país precisa se reinventar, a cultura burocrática tem impedido e muito que nos tornemos uma sociedade mais eficiente”, finalizou Romeu Zema.

Resultados

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que, diferentemente do que ocorreu no episódio do rompimento da barragem em Mariana, quando poucos resultados concretos do trabalho de recuperação foram vistos, os entes públicos estão buscando uma atuação mais objetiva e rápida para os problemas. Um desses pontos, segundo Salles, é a aplicação de recursos advindos de multa ambiental em sete parques nacionais localizados em Minas Gerais.

“A ideia foi diversificar as atividades econômicas de Minas Gerais, com a utilização de recursos decorrentes da multa aplicada pelo Ibama em algo que seja tangível, concreto, como nos sete parques nacionais de Minas que poderiam ser e poderão ser verdadeiros destinos de ecoturismo no estado”, pontuou o ministro. 

Também presente no seminário, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, destacou a importância da atividade da mineração para a economia nacional.

“O setor da mineração representa 4% do PIB e 21% das exportações. Somos um dos principais protagonistas globais da mineração. Possuímos 9.415 minas em operação. Não há como pensar em um país melhor sem a participação desse setor. Apesar de estarmos acometidos por momento desfavorável à atividade, devemos enfrentar esse cenário como um momento de reflexão. A mineração possui papel singular na prosperidade de muitas cidades de Minas, não se pode pretender impedir ou encerrar as atividades”, completou.

Durante a abertura do seminário, o presidente do conselho deliberativo do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Wilson Brumer, anunciou que a sede da entidade passará a ser em Minas Gerais, como um ato simbólico representativo do interesse do instituto em “estar mais próximo da cadeia produtiva”.

Também participaram da abertura do seminário o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande; os secretários de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Germano Vieira, e de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manoel Vitor; o presidente da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais (AMIG), prefeito Vitor Penido; o presidente da Fundação Dom Cabral, Antônio Batista da Silva Junior; o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe; além de deputados, prefeitos, empresários e representantes do setor.

Inhotim

Logo após a realização da abertura do seminário, o governador Romeu Zema, o ministro Ricardo Salles, o secretário Germano Vieira e o prefeito de Brumadinho, Avimar Barcelos, sobrevoaram a cidade de Brumadinho e a região afetada pela queda da barragem da Vale.

Na sequência, a comitiva visitou o Instituto de Arte Contemporânea e Jardim Botânico, o Inhotim, onde foi recebida pelo diretor-presidente do espaço, Antônio Grassi, e integrantes do instituto.

Zema visitou alguns dos principais pontos turísticos do museu, como a Galeria Praça, as obras Rodoviária e Abre a Porta e o Elevazione, de Giuseppe Penone.

O governador ressaltou a importância do instituto para o turismo nacional e destacou que o espaço, assim como as cidades históricas de Minas, está preparado para receber os turistas durante a Semana Santa.

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