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Alimentação das crianças no período de férias exige cuidados redobrados

Alimentação das crianças no período de férias exige cuidados redobrados

Alimentação das crianças no período de férias exige cuidados redobrados 1

Se não é fácil controlar a alimentação das crianças em dias comuns, imaginem no período de férias, quando os horários se tornam mais flexíveis. A chegada das férias escolares é muitas vezes sinônimo de diversão, descanso e consumo frequente de comidas nada saudáveis. Portanto é tempo de redobrar os cuidados com a alimentação das crianças, variando o cardápio e impondo limites.

Para alertar aos pais, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) dá dicas, através do Núcleo de Alimentação e Nutrição, sobre alimentação saudável e explica a importância de certos cuidados, pois a falta de dedicação para oferecer alimentos que beneficiam a saúde dos pequenos, pode causar resultados muito prejudiciais.

A nutricionista Joyce Xavier de Lima aponta alguns erros cometidos pelos pais na alimentação dos filhos: “Os pais que dizem sempre sim, buscando evitar uma reclamação no momento, só estão prolongando uma dificuldade que voltará a aparecer. A criança sem limites vai abusar das calorias e guloseimas, e isso pode gerar um problema de obesidade futuramente. Deve-se ter no máximo um dia por semana em que se pode ser mais liberal”, afirma.

Ainda segundo Joyce, lanches fora da hora, oferecer comida como recompensa e ameaçar castigos para crianças que não “cumprem o combinado” são erros que devem ser evitados: “A combinação ‘coma toda a sopa para ganhar a sobremesa’ passa a ideia de que tomar sopa não é bom e que a sobremesa é que é o máximo; ou “Se não comer a salada, não vai ganhar presente”, só vai fazer aumentar a repulsa das crianças pela salada”.

Um erro bem frequente também nesta época é a falta de fracionamento das refeições e falta de horário para se alimentar. Joyce sugere que as refeições das crianças nas férias sejam fracionadas, ou seja, fazendo com que ela coma menos quantidade mais vezes por dia.

“Assim, você conseguirá garantir toda a energia que a criança precisa para agitar nas brincadeiras”, garante. Outro detalhe importante é que com o frio, e a vontade de parar de brincar para beber algo, mesmo com sede, é bem menor. Com isso, a criança não se hidrata conforme o necessário, portanto deve-se intercalar as refeições com muito líquido, principalmente água ou suco.

“A dieta alimentar das crianças deve ser, mesmo no frio, leve. Deve conter frutas, verduras, legumes, grelhados, assados e refogados. Como o organismo precisa se sentir mais quente, uma alternativa são as frutas assadas, como a banana, o abacaxi e o creme de maçã, que podem ficar ainda mais gostosos com canela. Para estimular o consumo de verduras e legumes, uma boa opção são as sopas”, assegura a nutricionista.

Como lidar com as birras

A nutricionista Joyce Xavier dá dicas para os pais para driblar as famosas birras, usadas como estratégias pelas crianças para contestar os limites ou regras impostas pelos adultos.

1- Comer é hora de seriedade; então é bom evitar até mesmo o tradicional aviãozinho. Muito mimo é sinônimo de muita manha;

2- Ceder ao primeiro “não gosto disso”: a criança tem uma tendência a dizer que não gosta de uma comida que ainda não provou. Cada um pode comer o que quiser, mas experimentar não custa nada;

3- Substituir refeições: “Não quer arroz e feijão? Então toma uma mamadeira ou outro lanche”. Esse erro é comum. Se a criança conseguir uma vez, vai repetir essa estratégia sempre;

4- Tornar a ida a uma lanchonete um grande programa: a comida de casa fica meio sem graça;

5- Servir sempre a mesma comida: nada de deixar os pequenos tomando só iogurte, por exemplo, a tarde toda. Por mais saudável que seja o lanche, se ele for a única opção, a criança vai enjoar e seu organismo sentirá falta de outro nutrientes e fibras;

6- Dar o mau exemplo: não adianta os pais ordenarem a ingestão de sucos se eles mesmos só bebem refrigerantes.

Atenção com as guloseimas

Estando em casa por mais tempo, o acesso às guloseimas é mais fácil, portanto cabe aos pais criarem alternativas atraentes e saudáveis, já que as crianças estão formando seus hábitos e precisam de recomendações corretas e limites constantes. Mas nada de regime militar ou estresse.

Para Joyce, é preciso bom senso por parte dos pais: “O importante é que as guloseimas não substituam a alimentação. Elas devem ser liberadas após as refeições maiores como o almoço ou jantar. Salgadinhos, refrigerantes e outras guloseimas devem ser controlados para que não haja exageros.

A ingestão desses alimentos faz com que as crianças engordem muito nas férias, principalmente as que já são gordinhas. As mais magrinhas, se comerem muitos doces e salgadinhos entre as refeições, podem ficar com menos apetite ainda para almoçar ou jantar”.

A nutricionista ainda listou dicas interessantes para lidar com estes alimentos

• Procure não fazer estoque de biscoitos, salgadinhos e guloseimas em casa; quanto maior for a oferta, mais a criança comerá esse tipo de alimento;

• Tenha frutas picadas e guardadas em potes ao alcance das crianças. Morangos, gomos de tangerina, uvas, kiwi agradam a criançada e são ricos em vitaminas antioxidantes;

• O lanche da tarde (não todos os dias) pode ser uma porção de pipoca caseira, já que a de micro-ondas é rica em gordura (20g – 89,6 cal);

• Sanduíches naturais, acompanhados de suco são uma ótima pedida, além de fáceis de preparar. Prefira pão integral e recheie com alface, tomate, pasta de soja ou tahine, queijo branco e frango desfiado. Para incentivar que os pequenos comam vale cortar o sanduíche com cortadores de biscoito no formato de animais ou flores;

• Se forem comer algum doce, prefira bolos simples, sem coberturas;

• Não proíba, mas imponha limites. Escolha um dia para que as crianças possam escolher o cardápio, neste dia vale a pizza e até o hambúrguer.

Com Agência Minas

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